quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Empresas

Governadora Civil comprometeu-se intervir perante o governo no processo da IFM/Platex
A governadora civil do distrito de Santarém, Sónia Sanfona, comprometeu-se hoje a contactar os Ministérios da Economia e do Trabalho para conhecer em que ponto se encontra o processo da IFM/Platex e transmitir as preocupações dos trabalhadores.
Sónia Sanfona recebeu uma delegação com cerca de 220 trabalhadores da IFM/Platex, empresa de Tomar, que se encontra em processo de insolvência, depois de ter suspendido a laboração em Abril de 2009 por falta de liquidez para responder às encomendas.
Sónia Sanfona disse aos jornalistas que a reunião com os trabalhadores permitiu conhecer melhor o momento de dificuldade porque estão a passar e transmitir "qual pode ser o papel do Governo Civil nesta situação em concreto".
Segundo disse, vai pedir "de imediato" reuniões aos Ministérios da Economia e do Trabalho para conhecer o ponto de situação do processo da IFM/Platex e "reforçar junto do Governo as dificuldades porque estes trabalhadores estão a passar e o seu ponto de vista de que a empresa tem viabilidade".
"O poder de decisão não é meu", disse, frisando que dará a conhecer ao Governo o "drama humano" que chegou ao seu conhecimento e que se insere na situação "complicada" que se está a viver ao nível do emprego no distrito e no país.
Rui Aldeano, da União dos Sindicatos de Santarém (USS), disse, no final do encontro, que, sabendo à partida que esta não seria uma reunião com respostas para o problema da IFM, os trabalhadores saíram "pelo menos com o compromisso de que, dentro do possível", a governadora civil iria intervir junto do Governo.
Rui Aldeano frisou que, tanto no Ministério da Economia como no do Trabalho, onde os trabalhadores foram recebidos em Dezembro, foi dito que a IFM vive uma situação financeira "degradada" mas é "economicamente viável", lembrando que o próprio Estado é credor.
"Esperamos que durante o processo de insolvência (o Estado) tenha uma correcta actuação para que a empresa volte a trabalhar", disse.
"Hoje viemos aqui exigir porque o papel do Estado é defender os cidadãos, proteger o país e esta empresa continuar a laborar faz parte do interesse estratégico nacional e regional. É uma exigência. Queremos que a Platex trabalhe e exigimos ao Governo que actue para que esta empresa não feche portas", afirmou, lembrando que a IFM exportava 60 por cento da sua produção.
Questionada sobre as várias empresas em dificuldades no distrito, a governadora civil afirmou que se reuniu recentemente com o presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional e que tem agendada para esta semana uma reunião com a directora regional, a que se seguirá um encontro com os responsáveis do diversos centros de emprego do distrito "para ter um conhecimento mais pormenorizado da situação" na região.
*Lusa
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