O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) disse hoje à Lusa que as perspectivas para 2010 são de “tempo difíceis” e, por isso, defende um orçamento com medidas “ajustadas” aos tempos de crise.
À saída de uma reunião com associações de agricultores do Ribatejo, que decorreu em Santarém, João Machado salientou que o sector tem assistido a uma quebra de 30 a 50 por cento nos preços de venda dos produtos agrícolas, acompanhada de uma manutenção dos preços dos factores de produção.
Para inverter a situação de quebra de receitas e de crise, a CAP propôs medidas excepcionais que passam pela abertura de uma linha de crédito com juros bonificados, a reposição da “electricidade verde”– uma medida já avançada pelo Ministério da Agricultura –, a redução dos preços do gasóleo agrícola e do gás e ainda mudanças nos valores das contribuições à Segurança Social.
Apesar da reposição da “electricidade verde”, a confederação considera que a nova medida de “apoio aos custos energéticos” tem um “orçamento baixo”, cerca de 5 milhões de euros, cerca de 25 por cento do orçamento de aproximadamente vinte milhões que existia antes do anterior ministro da Agricultura suspender este apoio.
Segundo a CAP, outro dos problemas deste novo apoio ao custo da energia é que exclui alguns sectores como as associações de regantes e os secadores de milho, para além de apenas contemplar uma comparticipação de 20 por cento do valor elegível dos custos, enquanto que na anterior versão apoiava cerca de 40 por cento desse valor.
João Machado diz que “é melhor do que nada” e sublinha a nova atitude de diálogo do Ministério da Agricultura com quem os agricultores estão também a discutir o modelo do Programa de Desenvolvimento Rural, o PRODER. A confederação quer uma adequação deste programa “aos novos desafios da agricultura” e defende que o Orçamento de Estado deve contemplar as “verbas necessárias” para a comparticipação nacional das ajudas comunitárias.
“Apostar na agricultura não só aumenta a nossa capacidade produtiva, reduzindo a dependência do exterior, como também cria mais postos de trabalho e contribui para o desenvolvimento económico do país”, frisa o presidente da CAP, que diz ter recebido do novo ministro da Agricultura a garantia de que o Governo vai “pagar a tempo e horas” as ajudas directas, que representam anualmente cerca de 600 milhões de euros.
“É preciso colocar esse dinheiro o mais depressa possível nos bolsos dos agricultores”, frisou João Machado, que diz ter ainda assim melhores perspectivas para 2010 do que aconteceu em 2009.
*Lusa
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À saída de uma reunião com associações de agricultores do Ribatejo, que decorreu em Santarém, João Machado salientou que o sector tem assistido a uma quebra de 30 a 50 por cento nos preços de venda dos produtos agrícolas, acompanhada de uma manutenção dos preços dos factores de produção.
Para inverter a situação de quebra de receitas e de crise, a CAP propôs medidas excepcionais que passam pela abertura de uma linha de crédito com juros bonificados, a reposição da “electricidade verde”– uma medida já avançada pelo Ministério da Agricultura –, a redução dos preços do gasóleo agrícola e do gás e ainda mudanças nos valores das contribuições à Segurança Social.
Apesar da reposição da “electricidade verde”, a confederação considera que a nova medida de “apoio aos custos energéticos” tem um “orçamento baixo”, cerca de 5 milhões de euros, cerca de 25 por cento do orçamento de aproximadamente vinte milhões que existia antes do anterior ministro da Agricultura suspender este apoio.
Segundo a CAP, outro dos problemas deste novo apoio ao custo da energia é que exclui alguns sectores como as associações de regantes e os secadores de milho, para além de apenas contemplar uma comparticipação de 20 por cento do valor elegível dos custos, enquanto que na anterior versão apoiava cerca de 40 por cento desse valor.
João Machado diz que “é melhor do que nada” e sublinha a nova atitude de diálogo do Ministério da Agricultura com quem os agricultores estão também a discutir o modelo do Programa de Desenvolvimento Rural, o PRODER. A confederação quer uma adequação deste programa “aos novos desafios da agricultura” e defende que o Orçamento de Estado deve contemplar as “verbas necessárias” para a comparticipação nacional das ajudas comunitárias.
“Apostar na agricultura não só aumenta a nossa capacidade produtiva, reduzindo a dependência do exterior, como também cria mais postos de trabalho e contribui para o desenvolvimento económico do país”, frisa o presidente da CAP, que diz ter recebido do novo ministro da Agricultura a garantia de que o Governo vai “pagar a tempo e horas” as ajudas directas, que representam anualmente cerca de 600 milhões de euros.
“É preciso colocar esse dinheiro o mais depressa possível nos bolsos dos agricultores”, frisou João Machado, que diz ter ainda assim melhores perspectivas para 2010 do que aconteceu em 2009.
*Lusa
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