segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Economia

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo alerta empresas para se modernizarem e não perderem negócios
Os negócios com a administração pública obrigam a que as propostas comerciais sejam apresentadas em formato digital e caso as pequenas empresas não se modernizem, os contratos poderão ficar em causa, alertou a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.
O novo código dos contratos públicos, que já entrou em vigor mas que ainda permite propostas comerciais em duplo formato, papel e digital, obriga a que a partir de Outubro deste ano todas as compras realizadas pelos serviços da administração pública, acima de cinco mil euros, sejam efectuadas por suporte informático.
Esta é “uma realidade que os protagonistas da economia local estão a ter alguma dificuldade em aceitar”, disse à agência Lusa a secretária executiva da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Ana Paula Remédios.
O novo código “não é facultativo, é um imperativo, e se as empresas não fizerem este caminho poderão mesmo perder os seus negócios em função da legislação em vigor”, alertou.
“O problema não está nas grandes empresas, que estão preparadas para a introdução das novas tecnologias, mas nos pequenos empreiteiros e fornecedores que se devem actualizar para não perderem o seu negócio com as entidades públicas locais”, afirmou.
A responsável adiantou que a CIMT tem promovido sessões de esclarecimento sobre a nova forma de relações comerciais e que foi adjudicada uma plataforma electrónica para a formação dos contratos públicos à empresa Vortal, uma iniciativa levada a cabo por 23 entidades públicas - autarquias locais, serviços municipalizados, comunidades intermunicipais e empresas municipais -, ligadas à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul, abrangendo serviços públicos dos 15 municípios envolvidos.
Este novo Portal pretende permitir o cumprimento do novo código dos contratos públicos às empresas prestadoras de serviços.
“Com esta plataforma electrónica, (www.vortalgov.pt), as empresas poderão ter conhecimento a nível nacional de toda a abertura de processos de aquisição, o que permite uma maior concorrência e rapidez no processo de apresentação de proposta, dado que é tudo via Internet”, disse Ana Remédios.
As maiores vantagens para as empresas prendem-se com a simplificação e redução de custos administrativos e rapidez no processamento, explicou.
*Lusa
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