quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Autarquias



Câmara de Torres Novas apresentou Projecto do Museu Alfredo Keil
Integrado nas comemorações do Centenário da República, foi apresentado o projecto do Museu Alfredo Keil, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes em Torres Novas.
Para o Presidente da Câmara, esta apresentação constituiu «mais uma forma de reiterar a nossa vontade de criar este museu». Afirmando que esta obra, que funcionará em articulação com o Mercado das Ideias (antiga Praça do Peixe), só será realizada quando houver apoio comunitário, que rondará os 80% de comparticipação, António Rodrigues destacou que estes projectos irão «contribuir para dinamizar e recuperar o centro histórico, para que Torres Novas seja cada vez mais uma cidade com espírito criativo».
A apresentação esteve a cargo do arquitecto Francisco Pires Keil do Amaral, bisneto de Alfredo Keil e autor do projecto. «Sinto-me muito feliz por, após muitas tentativas infrutíferas, ter encontrado uma câmara que quis dar um espírito condigno ao Museu Alfredo Keil», afirmou. Referindo-se à aspiração de que, no futuro, o espaço se converta em museu nacional, acrescentou: «Quero que o meu bisavô encontre aqui carinho, quem goste dele e que seja estimado. Isso já é uma homenagem nacional».
O museu irá acolher o espólio de Alfredo Keil, segundo protocolo estabelecido com a família. «Sobrou muita coisa para fazer um bonito museu e pode ter também exposições temporárias. O espaço pode ter uma vida autónoma muito interessante. O centro histórico tem vida e o museu vai valorizá-lo», destacou Francisco Pires Keil do Amaral.
O museu será criado no Largo do Paço, aproveitando o edifício do Paço e criando um novo volume, correspondendo ao espaço ocupado pelo antigo Teatro Virgínia. O piso térreo será constituído por um foyer, recepção, bengaleiro, espaço para exposições temporárias, bar e salas de administração do museu.
No piso 1, haverá um centro de investigação, dirigido sobretudo a estudantes. Também neste piso funcionará o museu. Inteiramente dedicado a Alfredo Keil, este piso estará dividido por áreas temáticas: música (óperas e «A Portuguesa»), desenho, fotografia, livro Toros e Rosmaninhos e ambiente familiar. A sala com a maior área será destinada à pintura. O piso 2 servirá para arquivo e salas de trabalho.
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