sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Autarquias

Câmara de Constância anuncia investimento no Cais para melhorar acesso ao barco de transporte de pessoas
A Câmara de Constância anunciou hoje que vai adquirir e instalar um passadiço e um cais acostável em madeira, de forma a facilitar o acesso ao barco às cerca de 200 pessoas que utilizam aquele meio de transporte para atravessar o rio.
O encerramento da ponte rodoviária sobre o Tejo na zona de Constância, no passado mês de Julho e após uma vistoria da Refer apontar o fecho por razões de segurança, separou fisicamente os habitantes da freguesia de Santa Margarida da sede do seu concelho, ficando impossibilitados de utilizar a habitual via de acesso à sede de concelho.
As duas pontes mais próximas, Chamusca e Abrantes, implicam viagens superiores a 40 quilómetros mas são, agora, as únicas alternativas rodoviárias para atravessar o rio.
O caso originou um “movimento inusitado” no atravessamento do rio através de um pequeno barco municipal, tendo o próprio presidente da autarquia sido obrigado a recorrer a este meio de transporte.
Máximo Ferreira disse à agência Lusa que a actual situação gera “muitos incómodos e constrangimentos” aos cerca de quatro mil utilizadores diários daquela infra-estrutura, tendo afirmado que, “para não perderem tanto tempo e despender tanto dinheiro em combustível, muitas pessoas optaram for fazer a travessia de barco” e o número de utilizadores subiu “de 20 para 200”, por dia.
“Um dos problemas”, explicou, “é que o acesso ao cais tem de ser feito através de um extenso areal de difícil atravessamento”.
Nos próximos meses, “com a proximidade do inverno e das chuvas ainda vai ser mais complicado, devido à lama e à sujidade”, acrescentou o autarca.
Para já, o investimento no cais de acostagem e no passadiço, que ascende aos 5 mil euros, “não resolve a questão de fundo”, mas acaba por ser “um pequeno contributo para amenizar o sacrifício das pessoas”.
“É muito difícil atravessar todo este areal para quem vem com crianças, que trazem mochilas às costas, um saco com o lanche e às vezes outra mochila para a actividade desportiva”, observou, tendo acrescentado que o terreno “suja tudo, desde os ténis, aos sapatos e ao carro, quando lá entramos”.
Máximo Ferreira disse à Lusa que os resultados da inspecção técnica efetuada em Setembro “serão entregue por estes dias”, esperando que “a breve trecho, a ponte possa ser reaberta, embora de forma condicionada”.
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