segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Autarquias


Presidente da Câmara de Torres Novas anuncia investimento de cerca de trinta milhões de euros em saneamento básico no concelho
O presidente da Câmara de Torres Novas anunciou hoje investimentos da ordem dos 30 milhões de euros em saneamento, a realizar no seu concelho até Dezembro de 2012 pela empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.
António Rodrigues (PS) disse à agência Lusa que o investimento, comparticipado em 72 por cento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), vai permitir uma cobertura de recolha e tratamento de 81 por cento dos efluentes produzidos no concelho. As obras previstas terão de estar concluídas até 31 de Dezembro de 2012.
António Rodrigues realçou o impacto deste volume de investimento no concelho, tanto na criação de emprego como nas empresas, nos próximos dois anos.
A candidatura aprovada no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) vai permitir estender a rede de saneamento aos lugares que ainda não estavam cobertos e conclui-la onde existia apenas parcialmente, disse.
Por outro lado, vão ser construídas novas estações de tratamento de águas residuais e melhoradas as existentes, podendo a de Riachos, que tanta contestação tem gerado devido à poluição do rio Almonda, vir a ser totalmente remodelada.
O projecto prevê ainda a construção de “dezenas” de estações elevatórias, dadas as características do território no concelho, e a colocação de todo o sistema de águas e saneamento em telegestão, adiantou.
António Rodrigues, que preside igualmente à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, referiu à Lusa que os índices de execução nesta sub-região (que agrega também o Pinhal Interior Sul), em termos de candidaturas aprovadas ou em vias de serem aprovadas, correspondentes aos dois triénios, apesar de baixo (na ordem dos 22 por cento), está acima da média nacional.
“Os índices de execução no Médio Tejo estão acima da média nacional e termos ido pedir reforço de verba é, ao nível do programa Mais Centro, uma situação única”, vincou.
O autarca lamentou o tempo perdido no primeiro triénio, com a quantidade de leis em torno do QREN, que criou “confusões, contradições e impedimentos” e levou ao facto “inédito de, ao fim de três anos, o Quadro de Referência Estratégico Nacional ter índices tão baixos”.
António Rodrigues saudou o aumento da comparticipação comunitária de 40, 45 por cento para os cerca de 80 por cento, permitindo que as autarquias tenham condições financeiras para avançar com as candidaturas, mas reconheceu que isso decorre da “incapacidade de execução do QREN".
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