quinta-feira, 13 de maio de 2010

Economia

Projecto de cooperação “Tejo Vivo” aprovado
O projecto de cooperação transnacional «Tejo Vivo» - Rede Ibérica para a Revalorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, foi aprovado pela Autoridade de Gestão do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR), revelou fonte ligada ao processo.
As cinco associações de desenvolvimento local portuguesas, a par das 11 associações similares espanholas envolvidas, pretendem com esta iniciativa ibérica desenvolver "estratégias comuns inovadoras e sustentáveis" que "aumentem a competitividade e permitam o desenvolvimento rural” dos territórios envolvidos, e os afirme, através da “criação de uma marca, como um destino turístico consolidado”, disse à agência Lusa Pedro Saraiva, coordenador dos grupos de acção local portugueses.
De acordo com o técnico coordenador da Tagus (Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior), com sede em Abrantes, os projectos para esta primeira fase envolvem 1,2 milhão de euros de investimento “em termos ibéricos”, sendo que os objectivos passam por "reforçar a união existente" entre os municípios envolvidos "criando uma forte plataforma conjunta ibérica que pense o Tejo de forma integrada e em termos de desenvolvimento local".
"Falamos de um território com cerca de 1 milhão de pessoas e precisamos de pensar o Tejo de forma ibérica”, adiantou.
“Queremos, entre outras coisas”, acrescentou, “criar uma marca que venha consolidar a rede como um destino turístico, da nascente até à foz do rio Tejo".
Pedro Saraiva disse ainda que a agenda imediata de trabalhos passa por ver “definida uma imagem e identificar e sinalizar os pontos” a incluir na rota turística, com uma rede de centros de informação ibérica que se pretende promova festivais musicais, culturais e desportivos, seminários e workshop’s em Portugal e Espanha, “com o intuito de aproximar e fortalecer laços entre os parceiros”.
Com "um primeiro pacote de projectos já aprovados no lado português” no valor de 600 mil euros, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR), a iniciativa vai envolver também 11 congéneres espanholas, que “aguardam” por resposta governamental do respectivo governo.
“Em Portugal, com esta aprovação, o processo está estabilizado mas não decorre em simultâneo com as associações congéneres espanholas, situação que gera algum desconforto”, admitiu o técnico.
“O ministério espanhol responderá provavelmente em Junho ou Julho e só então saberemos se os nossos parceiros terão os instrumentos necessários para colocar em prática a sua parte do compromisso”, acrescentou Pedro Saraiva, tendo afirmado “confiar” numa resposta positiva.
“Este é um projecto que faz sentido e que se quer transnacional”, concluiu.
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