quarta-feira, 26 de maio de 2010

Economia

Grupos de Acção Social assinam hoje em Santarém contratos de financiamento de projectos de dinamização de territórios rurais
Três Grupos de Acção Local do distrito de Santarém assinam hoje, na presença do ministro da Agricultura, os contratos de financiamento de 176 projectos de dinamização de territórios rurais, prevendo-se a criação de 141 novos postos de trabalho.
Os projectos foram aprovados ao abrigo das medidas 3.1 (diversificação da economia e criação de emprego) e 3.2 (melhoria de qualidade de vida), que são geridas pelos Grupos de Acção Local (GAL).
Os contratos a assinar hoje envolvem 30 beneficiários dos GAL Charneca Ribatejana, Associação para a Promoção Rural, APRODER, Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo e ADIRN, Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte.
A cerimónia contará com a presença do ministro da Agricultura, António Serrano, e da presidente da Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, Regina Lopes.
Regina Lopes disse à agência Lusa que a assinatura destes contratos é importante por permitir intervenções em territórios locais num momento de crise, criando "grandes possibilidades de desenvolvimento no meio rural".
Frisando a relevância dos projectos "na coesão e competitividade" dos territórios rurais, Regina Lopes afirmou que, desde a criação da primeira geração da iniciativa comunitária Leader, em 1992, foram criados, neste âmbito, 3000 postos de trabalho e mantidos outros 6000.
"Em 17 anos de intervenção foram aprovados 14 000 projectos", afirmou, sublinhando a importância dos "pequenos apoios" prestados na alavancagem e dinamização social e económica dos territórios rurais.
Para Regina Lopes, os GAL têm sido mais do que meros gestores de fundos, de grande proximidade e com grande autonomia, contribuindo para a promoção da participação dos cidadãos e para o comprometimento destes com o desenvolvimento.
"Se em 1992 isto era tudo muito novo, hoje continua a ser arrojado, implicando formas diferentes de gerir as políticas públicas", numa metodologia que foi uma antevisão do que será a evolução da sociedade, disse.
Os GAL, que cobrem actualmente "mais de 80 por cento do território nacional e cerca de 40 por cento da população do país", fazem ainda um esforço para articularem a sua ação com todos os outros apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) em benefício dos territórios, adiantou.
Segundo disse, os projectos têm permitido a criação de numerosas microempresas, as principais criadoras de emprego, incidindo também na área da economia social, uma "área também interessante na criação de emprego", turismo (com integração do património) e ambiente (em particular no campo das energias renováveis).
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