Corpos de Bombeiros do distrito de Santarém decidem não iniciar participação no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais no início de Junho
Os corpos de bombeiros do distrito de Santarém decidiram não iniciar a participação no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF 2010) no próximo dia 01 de Junho, em protesto pela forma como foi adiado o seu arranque.
Numa moção aprovada na segunda feira em reunião com os corpos de bombeiros do distrito, a federação considera “uma afronta” a forma como a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) informou os comandantes das corporações - por SMS e dois dias antes da data prevista para o início do DECIF, 15 de Maio - e condena os motivos “esfarrapados” invocados para a decisão.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém, Adelino Gomes, remete as explicações sobre esta tomada de decisão, e suas consequências, para uma conferência de imprensa a realizar na segunda feira de manhã no quartel dos Bombeiros Voluntários de Santarém.
A moção “repudia veementemente” a decisão da ANPC, acusando esta entidade de ter “montado uma farsa” quanto aos motivos “esfarrapados” invocados para o adiamento do DECIF de 15 de Maio para 01 de Junho, “sem aviso prévio e em tempo oportuno”.
A federação considera que as condições atmosféricas “foram bem diferentes daquelas que foram invocadas quer pela ANPC quer pelo senhor secretário de Estado da Protecção Civil”, sublinhando que o próprio sítio da Autoridade Nacional de Protecção Civil menciona que o DECIF se encontra no nível de alerta “azul” desde 15 de Maio.
A moção afirma ser “lamentável” que os comandantes das corporações tenham sido informados da alteração, via SMS, dois dias antes da data do seu início, “sem que houvesse por parte da ANPC a preocupação de saber se existiam ou não compromissos das associações/corpos de bombeiros com os bombeiros que iriam participar no dispositivo e já com escalas afixadas”, muitos deles com as férias marcadas para poderem estar disponíveis.
“Nestas condições de desrespeito e ausência das mais elementares regras de convivência democrática e espírito de colaboração, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém e os corpos de bombeiros esperam ainda que a ANPC e o senhor Secretário de Estado da Protecção Civil publicamente se dirijam aos Bombeiros Portugueses e se retratem”, conclui a moção.
Em reacção, a ANPC sublinha que, em 10 de Maio, as previsões meteorológicas indicavam a continuação de chuva “e mesmo alguma queda de neve na Serra da Estrela”, o que veio a acontecer de 13 para 14 de Maio.
Em resposta à agência Lusa e sem tecer comentários à tomada de posição da Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém, a ANPC adianta que “não é por estar calor que há incêndios”, pois “a floresta só arde se lhe puserem fogo”, e que o DECIF “tem meios permanentes (o ano inteiro)”, que são accionados “sempre que necessário”.
Lembra ainda que o mês de Maio se destina “prioritariamente a acções de planeamento, formação e aprontamento do DECIF” e que “nas fases Bravo e Echo os meios serão activados e desactivados de acordo com a avaliação diária do perigo de risco de incêndio efectuada no Comando Nacional de Operações de Socorro (da ANPC)”.
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Os corpos de bombeiros do distrito de Santarém decidiram não iniciar a participação no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF 2010) no próximo dia 01 de Junho, em protesto pela forma como foi adiado o seu arranque.
Numa moção aprovada na segunda feira em reunião com os corpos de bombeiros do distrito, a federação considera “uma afronta” a forma como a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) informou os comandantes das corporações - por SMS e dois dias antes da data prevista para o início do DECIF, 15 de Maio - e condena os motivos “esfarrapados” invocados para a decisão.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém, Adelino Gomes, remete as explicações sobre esta tomada de decisão, e suas consequências, para uma conferência de imprensa a realizar na segunda feira de manhã no quartel dos Bombeiros Voluntários de Santarém.
A moção “repudia veementemente” a decisão da ANPC, acusando esta entidade de ter “montado uma farsa” quanto aos motivos “esfarrapados” invocados para o adiamento do DECIF de 15 de Maio para 01 de Junho, “sem aviso prévio e em tempo oportuno”.
A federação considera que as condições atmosféricas “foram bem diferentes daquelas que foram invocadas quer pela ANPC quer pelo senhor secretário de Estado da Protecção Civil”, sublinhando que o próprio sítio da Autoridade Nacional de Protecção Civil menciona que o DECIF se encontra no nível de alerta “azul” desde 15 de Maio.
A moção afirma ser “lamentável” que os comandantes das corporações tenham sido informados da alteração, via SMS, dois dias antes da data do seu início, “sem que houvesse por parte da ANPC a preocupação de saber se existiam ou não compromissos das associações/corpos de bombeiros com os bombeiros que iriam participar no dispositivo e já com escalas afixadas”, muitos deles com as férias marcadas para poderem estar disponíveis.
“Nestas condições de desrespeito e ausência das mais elementares regras de convivência democrática e espírito de colaboração, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém e os corpos de bombeiros esperam ainda que a ANPC e o senhor Secretário de Estado da Protecção Civil publicamente se dirijam aos Bombeiros Portugueses e se retratem”, conclui a moção.
Em reacção, a ANPC sublinha que, em 10 de Maio, as previsões meteorológicas indicavam a continuação de chuva “e mesmo alguma queda de neve na Serra da Estrela”, o que veio a acontecer de 13 para 14 de Maio.
Em resposta à agência Lusa e sem tecer comentários à tomada de posição da Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém, a ANPC adianta que “não é por estar calor que há incêndios”, pois “a floresta só arde se lhe puserem fogo”, e que o DECIF “tem meios permanentes (o ano inteiro)”, que são accionados “sempre que necessário”.
Lembra ainda que o mês de Maio se destina “prioritariamente a acções de planeamento, formação e aprontamento do DECIF” e que “nas fases Bravo e Echo os meios serão activados e desactivados de acordo com a avaliação diária do perigo de risco de incêndio efectuada no Comando Nacional de Operações de Socorro (da ANPC)”.
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