Complexo Médico Social “Ofelia Clube” em Abrantes não vai ser construído
O complexo médico social Ofelia Clube, anunciado em Abrantes como sendo um investimento de 60 milhões de euros, não vai ser construído, “defraudando as expectativas criadas”, disse à agência Lusa a presidente da autarquia.
O projecto anunciado em 2007 para a encosta norte da cidade apresentava como público-alvo o mercado escandinavo e seria composto por um edifício central e mais 11 edifícios satélite, com 1560 camas, berçário, piscinas e restaurantes, que prestariam serviços diversificados na área dos cuidados continuados e permitiriam a criação de 500 postos de trabalho.
A queda do projecto foi anunciada à agência Lusa por Jorge Dias, o empresário a quem foi prometido um negócio de 2,5 milhões de euros com a venda dos seus terrenos para a instalação do complexo, uma informação confirmada hoje pela presidente de Câmara, Maria do Céu Albuquerque, que disse que o prazo de levantamento do alvará terminou em Dezembro de 2009, adiantando que a autarquia nunca declarou a sua caducidade por “acreditar” que o mesmo ainda poderia avançar.
“A autarquia fez tudo o que podia para viabilizar o Ofélia, para que o promotor do loteamento e o investidor pudessem encontrar aqui as melhores condições para se instalarem, nomeadamente cedendo os terrenos necessários para a criação de espaços verdes e equipamentos públicos colectivos”, referiu a presidente da câmara.
“O que é certo”, acrescentou a autarca, “é que já lá vão três anos e o negócio não foi concretizado nem nunca mais fui contactada pelo responsável pelo grupo que afirmava querer aqui investir”.
O proprietário do terreno, Jorge Dias disse à Lusa: “para levantarem o alvará da obra [os promotores] tinham de me pagar. Era uma das condições do negócio e foi uma ilusão que deixei de ter, ao fim de três anos de espera, numa situação de impasse que gerou o descalabro da minha vida profissional”.
“Não foram pessoas sérias porque não cumpriram com o combinado e o que aqui fizeram está a verificar-se em outros pontos do país”, disse Jorge Dias tendo acrescentado que as expectativas geradas e não concretizadas, “prejudicaram também a autarquia e largas dezenas de pessoas que até cursos de formação foram tirar para tentar arranjar ali emprego”.
De acordo com o empresário, a decisão foi agora tomada porque a autarquia lhe deu um prazo para optar por um dos dois alvarás aprovados para aqueles terrenos.
“E é óbvio que decidi optar por deixar cair o do Ofélia e ficar com o projecto inicialmente previsto para aquele local, uma urbanização de 315 fogos e 57 lojas”, adiantou Jorge Dias.
“Não sei se é uma história para esquecer se é para lembrar, certo é que a autarquia demorou muito tempo a perceber que estava a cair num conto do vigário”, disse.
O investimento do grupo empresarial francês “Portanice, Investimentos Imobiliários Lda”, era tido pela Câmara Municipal como um projecto "estruturante", que "reforçaria o posicionamento global" de Abrantes e originaria previsivelmente um "forte impacto" nos serviços e no comércio local e regional.
A Lusa tentou o contacto com o administrador do Grupo Portanice, António Reis, sem sucesso.
O complexo médico social Ofelia Clube, anunciado em Abrantes como sendo um investimento de 60 milhões de euros, não vai ser construído, “defraudando as expectativas criadas”, disse à agência Lusa a presidente da autarquia.
O projecto anunciado em 2007 para a encosta norte da cidade apresentava como público-alvo o mercado escandinavo e seria composto por um edifício central e mais 11 edifícios satélite, com 1560 camas, berçário, piscinas e restaurantes, que prestariam serviços diversificados na área dos cuidados continuados e permitiriam a criação de 500 postos de trabalho.
A queda do projecto foi anunciada à agência Lusa por Jorge Dias, o empresário a quem foi prometido um negócio de 2,5 milhões de euros com a venda dos seus terrenos para a instalação do complexo, uma informação confirmada hoje pela presidente de Câmara, Maria do Céu Albuquerque, que disse que o prazo de levantamento do alvará terminou em Dezembro de 2009, adiantando que a autarquia nunca declarou a sua caducidade por “acreditar” que o mesmo ainda poderia avançar.
“A autarquia fez tudo o que podia para viabilizar o Ofélia, para que o promotor do loteamento e o investidor pudessem encontrar aqui as melhores condições para se instalarem, nomeadamente cedendo os terrenos necessários para a criação de espaços verdes e equipamentos públicos colectivos”, referiu a presidente da câmara.
“O que é certo”, acrescentou a autarca, “é que já lá vão três anos e o negócio não foi concretizado nem nunca mais fui contactada pelo responsável pelo grupo que afirmava querer aqui investir”.
O proprietário do terreno, Jorge Dias disse à Lusa: “para levantarem o alvará da obra [os promotores] tinham de me pagar. Era uma das condições do negócio e foi uma ilusão que deixei de ter, ao fim de três anos de espera, numa situação de impasse que gerou o descalabro da minha vida profissional”.
“Não foram pessoas sérias porque não cumpriram com o combinado e o que aqui fizeram está a verificar-se em outros pontos do país”, disse Jorge Dias tendo acrescentado que as expectativas geradas e não concretizadas, “prejudicaram também a autarquia e largas dezenas de pessoas que até cursos de formação foram tirar para tentar arranjar ali emprego”.
De acordo com o empresário, a decisão foi agora tomada porque a autarquia lhe deu um prazo para optar por um dos dois alvarás aprovados para aqueles terrenos.
“E é óbvio que decidi optar por deixar cair o do Ofélia e ficar com o projecto inicialmente previsto para aquele local, uma urbanização de 315 fogos e 57 lojas”, adiantou Jorge Dias.
“Não sei se é uma história para esquecer se é para lembrar, certo é que a autarquia demorou muito tempo a perceber que estava a cair num conto do vigário”, disse.
O investimento do grupo empresarial francês “Portanice, Investimentos Imobiliários Lda”, era tido pela Câmara Municipal como um projecto "estruturante", que "reforçaria o posicionamento global" de Abrantes e originaria previsivelmente um "forte impacto" nos serviços e no comércio local e regional.
A Lusa tentou o contacto com o administrador do Grupo Portanice, António Reis, sem sucesso.
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