segunda-feira, 25 de abril de 2011

Efemérides

Nome de Salgueiro Maia continua bem vivo na Escola Prática de Cavalaria
Figura maior de Santarém pelo seu papel na revolução de Abril de 1974, o nome de Salgueiro Maia continua bem vivo na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Abrantes, que o perpetua através da “Colecção Visitável da Cavalaria Portuguesa”.
A exposição pode ser visitada através de marcação prévia no quartel de Abrantes, para onde se mudou a EPC em Novembro de 2006.
Na fachada do edifício há um painel evocativo de Salgueiro Maia, o homem que há 37 anos chefiou a coluna militar que, na madrugada de 25 de Abril de 1974, saiu da EPC, em Santarém, rumo a Lisboa, onde participou em momentos decisivos da Revolução dos Cravos, como o do ultimato ao chefe do Governo de então, Marcelo Caetano.
A célebre Bula, a chaimite que transportou Marcelo Caetano e dois dos seus ministros no momento que simbolizou a capitulação do Estado Novo, serve de prelúdio a este Museu da Cavalaria, do qual Salgueiro Maia é o patrono.
Em declarações à agência Lusa, o coronel Henriques, em nome do Exército português, disse que o espólio de Salgueiro Maia e a própria chaimite que o transportou até ao Largo do Carmo estão “bem preservados”, ressalvando que a EPC “teve um papel importante na história do 25 de Abril, mas não foi a única”.
O espólio, acrescentou, é preservado pelo Exército “como um todo”, que assumiu também o papel de “salvaguarda e divulgação” de outras unidades ligadas ao 25 de Abril, “como o quartel da Pontinha”, local onde estiveram reunidos os oficiais que comandaram todas as operações da Revolução dos Cravos.
Em Abrantes, o Museu da Cavalaria permitiu reorganizar a colecção que estava reunida no antigo ginásio da EPC em Santarém, seguindo uma lógica cronológica que se inicia na pré-história e acaba nas participações da Cavalaria nas missões de paz internacionais.
A colecção tem origem na década de 1980 em recolhas que o tenente-coronel Salgueiro Maia foi fazendo sobre os meios que a Cavalaria possuía, como viaturas blindadas, uniformes, armamento e arreios, tendo os materiais recolhidos e cuidadosamente etiquetados e inventariados por Salgueiro Maia sido alvo de uma “programação científica”.
Entendida como um “passo importante na ligação da unidade à comunidade local”, a “Colecção Visitável da Cavalaria Portuguesa” é visitada anualmente por “centenas” de pessoas.
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