A Governadora Civil de Santarém reafirmou hoje a necessidade de criar percursos alternativos que retirem a circulação de camiões com resíduos perigosos de dentro das povoações, numa reacção às declarações da Ministra do Ambiente.
Dulce Pássaro afirmou à Lusa na quinta-feira que os camiões que transportam resíduos perigosos para os CIRVER da Chamusca dispõem de estradas alternativas, que podem evitar o atravessamento pelo interior das localidades.
“Com as vias existentes podem ser escolhidos percursos que tenham maior ou menor inclusão de percurso urbano. Essas alternativas existem. Alguns trajectos podem ser mais longos, mas desde que tenham um menor atravessamento de localidade, [é a situação mais] adequada”, sublinhou a governante.
Dulce Pássaro disse ainda compreender a posição do Governo Civil e das autarquias locais, reconhecendo que o atravessamento dos camiões pelo interior das localidades “não é a melhor opção”.
“Parece-me bem que estejam preocupados com essa situação e que procurem uma solução”, reiterou.
“O trabalho que estamos a tentar encetar vai no sentido das declarações da senhora ministra”, vincou Sónia Sanfona, tendo defendido um acordo de concertação com as entidades envolvidas para encontrar uma solução alternativa.
“Entre as autarquias, as transportadoras, os empresários e a Protecção Civil, com o apoio necessário e possível da administração central e desconcentrada, temos de encontrar e adequar percursos alternativos que assegurem, simultaneamente, a segurança e a viabilidade económica”, reiterou aquela responsável.
Autarcas do Ribatejo, a Governadora Civil de Santarém e a população da Chamusca defenderam esta semana à Lusa a necessidade de se construírem percursos alternativos para os camiões que transportam resíduos para os dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Industriais Perigosos (CIRVER) situados em Carregueira, na Chamusca.
Uma das queixas mais frequentes da população são os maus cheiros provocados pela passagem dos veículos pesados.
Confrontado pela Lusa, Alexandre Seiça, administrador do Sisav (um dos CIRVER), optou por não prestar declarações.
*Lusa
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