quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ambiente

Ministra do Ambiente afirma que existem estradas alternativas para transporte de resíduos perigosos para os CIRVER da Chamusca
A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, afirmou hoje que os camiões que transportam resíduos perigosos para os CIRVER da Chamusca dispõem de estradas alternativas, que podem evitar o atravessamento pelo interior das localidades.
“Com as vias existentes podem ser escolhidos percursos que tenham maior ou menor inclusão de percurso urbano. Essas alternativas existem. Alguns trajectos podem ser mais longos, mas desde que tenham um menor atravessamento de localidade, [é a situação mais] adequada”, sublinhou a governante.
Autarcas do Ribatejo, a Governadora Civil de Santarém e a população da Chamusca defenderam esta semana à Lusa a necessidade de se construírem percursos alternativos para os camiões que transportam resíduos para os dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Industriais Perigosos (CIRVER) situados em Carregueira, na Chamusca.
Umas das queixas mais frequentes da população são os maus cheiros provocados pela passagem dos veículos pesados.
Dulce Pássaro, que falava hoje à agência Lusa à margem de um seminário sobre Energias Renováveis, disse compreender a posição do Governo Civil e das autarquias locais, reconhecendo que o atravessamento dos camiões pelo interior das localidades “não é a melhor opção”.
“Parece-me bem que estejam preocupados com essa situação e que procurem uma solução. Agora construir novas vias não é uma opção disponível neste momento. Tem de se procurar alternativas com aquilo que já existe”, reiterou.
Esta semana, em declarações à Lusa, a Governadora Civil de Santarém, Sónia Sanfona, afirmou “não ter dúvidas que a falta de conclusão de duas infra-estruturas rodoviárias reputadas da maior importância para o desenvolvimento do distrito de Santarém”, o IC3 e IC9, “constitui uma dificuldade efectiva ao reforço da garantia da segurança no transporte de resíduos” com destino aos CIRVER.
Por seu turno, o Ministério das Obras Públicas, quando questionado sobre a concretização dessas acessibilidades, disse que a construção dessas infra-estruturas “está subordinada à evolução da própria situação financeira do país”.
*Lusa
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