quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sociedade

Presidente da Câmara de Abrantes diz que a cidade se confronta com “sentimento generalizado de insegurança”
A presidente da câmara de Abrantes disse hoje que a cidade vive confrontada com um “sentimento generalizado de insegurança” e que está a ser preparado um plano local de segurança.
Um ano depois de ter sido eleita, Maria do Céu Albuquerque (PS) afirmou à agência Lusa que “devido a um conjunto sistemático de incidentes, a cidade vive confrontada com um “sentimento generalizado de insegurança”.
Os casos reportados de delinquência, roubos e vandalismo, “desde há vários anos a esta parte”, e nem sempre alvo de participação às autoridades policiais por “medo de represálias”, apontam responsabilidades a “grupos de jovens”, provenientes de famílias desestruturadas, e a outros grupos considerados pela autarca como “problemáticos”.
A autarca referiu também que, em conjunto com a PSP distrital, Governo Civil de Santarém e Ministério da Administração Interna, está a “trabalhar na elaboração de um plano local de segurança”.
Adiantou também que tem defendido um “reforço urgente de policiamento nas ruas”, a curto prazo, e a “implementação de medidas sociais de inclusão para obter resultados de médio prazo”.
Os partidos da oposição com assento no executivo saudaram o reconhecimento público da autarca relativamente à matéria, tendo o vereador Santana Maia Leonardo (PSD) afirmado que só a presidente da câmara e o comandante da PSP se “recusavam a ver o óbvio”.
Carlos Ares, do movimento Independentes pelo Concelho de Abrantes, disse à Lusa que o problema “é não só policial mas também social”, tendo defendido a criação de um protocolo que “integre e sente à mesma mesa os vários atores locais da sociedade civil e de Estado”.
Também à Lusa, o comissário Jorge Soares, do Comando da PSP de Santarém, afirmou que as autoridades estão “atentas” e que já foram tomadas “algumas medidas, embora discretas”.
“Em termos estatísticos, os registos apontam para valores similares às ocorrências verificadas nos últimos anos. Se as pessoas não apresentarem queixa não poderemos agir e actuar em conformidade com a implementação de outras medidas”, concluiu.
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