segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Empresas

Empresa municipal STR-URBHIS propõe-se a apoiar recuperação de edifícios no centro histórico da cidade de Santarém
A Sociedade de Gestão Urbana de Santarém STR-URBHIS propõe-se apoiar a recuperação de fachadas e telhados em 50 edifícios no centro histórico e zona ribeirinha em 2011 e vai reabilitar edifícios que lhe pertencem como incentivo e exemplo aos proprietários.
A STR-URBHIS, empresa de capitais exclusivamente municipais criada há pouco mais de três meses, aprovou hoje o plano de actividades para 2011, no qual se inclui a criação do programa “URBHIS Renovação”, que prevê pequenos apoios, no valor máximo de 7500 euros, para a requalificação de fachadas e coberturas em edifícios degradados.
António Valente, vereador na câmara municipal de Santarém e presidente do conselho de administração da empresa, disse que este programa tem principalmente por objectivo “dar um sinal” aos proprietários de edifícios degradados no centro histórico e na zona ribeirinha.
Reconhecendo que o apoio concedido é “mínimo”, António Valente afirmou, contudo, que os proprietários que aderirem ao programa poderão ter descontos junto de empresas fornecedoras de materiais necessários, a troco de publicidade nos taipais das obras, tendo já negociado descontos de 60 por cento com uma marca de tintas.
A STR-URBHIS terá como principal missão a definição de uma Área de Recuperação Urbana (ARU) no centro histórico e a transformação, em colaboração com a Sociedade de Reabilitação Urbana criada no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, da Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbana da Ribeira e Alfange em ARU.
Segundo disse, só com a criação das ARU, os proprietários poderão ter acesso a um conjunto de incentivos para intervenções de maior fôlego em edifícios que estão degradados.
Por outro lado, a empresa tem em fase de conclusão um projecto para recuperação do antigo Palácio Landal, onde tem instalada a sua sede, intervenção estimada em 748 mil euros que quer candidatar a fundos comunitários no âmbito da regeneração urbana, com comparticipação prevista de 70 por cento.
A obra, a concluir até final de 2012, visa ser “exemplo de requalificação urbana”, a par das intervenções que a empresa quer realizar em outros dois edifícios que fazem parte do seu património e que pretende que possam atrair população jovem para habitar o centro histórico, disse.
A empresa propõe-se constituir uma carteira de projectos de requalificação de edifícios para candidatar a fundos comunitários sempre que surja essa oportunidade, adiantou.
Por outro lado, como incentivo à fixação de moradores no centro histórico, propõe-se conseguir o patrocínio de um privado para comparticipar nos dísticos de estacionamento para moradores.
Do plano de actividades, que terá ainda de ser aprovado pela assembleia municipal, faz também parte um plano de controlo de pragas (pombos, ratazanas e baratas).
O contrato programa com a autarquia, que prevê um financiamento de 730,2 mil euros, foi hoje aprovado em reunião do executivo municipal, com os dois vereadores do PS a recusarem votar a deliberação por esta acontecer antes da aprovação do orçamento para 2011.
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