Vereadores do PSD da Câmara de Abrantes reclamam suspensão do programa de regeneração do Centro Histórico da Cidade
O anúncio de um investimento de “vários” milhões de euros na regeneração do centro histórico de Abrantes levou os vereadores do PSD com assento no executivo municipal a reclamarem a “suspensão imediata” do programa.
O pedido dos eleitos sociais democratas surge na sequência do anúncio da autarquia, de maioria socialista, de elaborar um plano de regeneração urbana da cidade, com o objectivo de revitalizar o centro histórico e que engloba intervenções ao nível dos transportes, comércio tradicional e edifícios devolutos, um plano de intervenção que pode ascender a “alguns milhões” de euros.
“Lançar neste momento um programa de regeneração urbana global do centro histórico deste teor revela uma inconsciência da situação dramática em que vivemos e em que vamos viver, na melhor das hipóteses, nos próximos dez anos”, disse à Lusa o vereador social democrata Santana Maia Leonardo.
“É uma situação que nos assusta”, acrescentou, tendo afirmado que a autarquia “tem de estar preparada para ver o seu orçamento substancialmente reduzido nos próximos anos”.
Segundo referiu o autarca, “os milhões de euros que a câmara já gastou no centro histórico em projectos do mesmo género não só não revitalizaram o centro histórico como ainda tiveram o condão de afugentar os poucos que aqui residiam e aqui vinham”.
“A câmara já deveria ter aprendido com os erros do passado”, observou.
À Lusa, Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, considerou as declarações de Santana Maia “extemporâneas”, acrescentando que o processo “faz parte de uma opção estratégica” do executivo por si liderado.
“Não faz sentido parar um processo que vai levar à criação de investimento privado no centro histórico, alavancado pelo investimento público, nomeadamente através de fundos comunitários”, afirmou.
“O que se pretende”, continuou, “é revitalizar o centro histórico destacando a função cultural, a modernização comercial e a melhoria das condições de habitabilidade”, tendo observado que estes “são factores preponderantes para a criação de um ambiente urbano diferenciador e de valor acrescentado”.
A autarca disse à Lusa que os montantes a envolver neste projecto de regeneração urbana “podem ascender aos 5, 6 milhões de euros”, acrescentando, porém, que os valores podem ser de outra dimensão “pela criação de condições de recuperação e reconversão de imóveis devolutos e pela criação de um fundo imobiliário ou de uma sociedade de reabilitação urbana”.
Com um orçamento de 100 mil euros, o arquitecto Carrilho da Graça é o coordenador geral do denominado Projecto Urbano de Valorização e Requalificação do Centro Histórico de Abrantes, sendo Paulo Madruga, da Augusto Mateus Consultores, o responsável pelo Plano de Marketing do Comércio Tradicional, e Mário Alves o coordenador da análise prospectiva do Sistema de Transportes e Mobilidade da cidade.
*Lusa
O anúncio de um investimento de “vários” milhões de euros na regeneração do centro histórico de Abrantes levou os vereadores do PSD com assento no executivo municipal a reclamarem a “suspensão imediata” do programa.
O pedido dos eleitos sociais democratas surge na sequência do anúncio da autarquia, de maioria socialista, de elaborar um plano de regeneração urbana da cidade, com o objectivo de revitalizar o centro histórico e que engloba intervenções ao nível dos transportes, comércio tradicional e edifícios devolutos, um plano de intervenção que pode ascender a “alguns milhões” de euros.
“Lançar neste momento um programa de regeneração urbana global do centro histórico deste teor revela uma inconsciência da situação dramática em que vivemos e em que vamos viver, na melhor das hipóteses, nos próximos dez anos”, disse à Lusa o vereador social democrata Santana Maia Leonardo.
“É uma situação que nos assusta”, acrescentou, tendo afirmado que a autarquia “tem de estar preparada para ver o seu orçamento substancialmente reduzido nos próximos anos”.
Segundo referiu o autarca, “os milhões de euros que a câmara já gastou no centro histórico em projectos do mesmo género não só não revitalizaram o centro histórico como ainda tiveram o condão de afugentar os poucos que aqui residiam e aqui vinham”.
“A câmara já deveria ter aprendido com os erros do passado”, observou.
À Lusa, Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, considerou as declarações de Santana Maia “extemporâneas”, acrescentando que o processo “faz parte de uma opção estratégica” do executivo por si liderado.
“Não faz sentido parar um processo que vai levar à criação de investimento privado no centro histórico, alavancado pelo investimento público, nomeadamente através de fundos comunitários”, afirmou.
“O que se pretende”, continuou, “é revitalizar o centro histórico destacando a função cultural, a modernização comercial e a melhoria das condições de habitabilidade”, tendo observado que estes “são factores preponderantes para a criação de um ambiente urbano diferenciador e de valor acrescentado”.
A autarca disse à Lusa que os montantes a envolver neste projecto de regeneração urbana “podem ascender aos 5, 6 milhões de euros”, acrescentando, porém, que os valores podem ser de outra dimensão “pela criação de condições de recuperação e reconversão de imóveis devolutos e pela criação de um fundo imobiliário ou de uma sociedade de reabilitação urbana”.
Com um orçamento de 100 mil euros, o arquitecto Carrilho da Graça é o coordenador geral do denominado Projecto Urbano de Valorização e Requalificação do Centro Histórico de Abrantes, sendo Paulo Madruga, da Augusto Mateus Consultores, o responsável pelo Plano de Marketing do Comércio Tradicional, e Mário Alves o coordenador da análise prospectiva do Sistema de Transportes e Mobilidade da cidade.
*Lusa
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