segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Economia

Procura de cabazes hortofrutícolas excede as expectativas em Abrantes
A procura de cabazes hortofrutícolas distribuídos semanalmente por uma dezena de pequenos produtores da região de Abrantes excedeu as expectativas, tendo esgotado largamente a capacidade de resposta, disse à Lusa o coordenador do processo.
O projecto PROVE – Promover e Vender é dinamizado em Abrantes, Constância e Sardoal pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento Rural.
O objectivo é a promoção de novas formas de comercialização de circuito curto, nomeadamente de produtos agrícolas entre pequenos produtores e consumidores, contribuindo para o escoamento dos produtos locais.
No Ribatejo Interior, os cabazes hortofrutícolas começaram a ser comercializados em Setembro, tendo 32 consumidor aderido à iniciativa, comprometendo-se a adquirir um cabaz semanalmente sendo este composto por variadas frutas e vegetais, provenientes das hortas de uma dezena de produtores da região.
O peso por cabaz varia entre os sete e os 10 quilos, ao preço unitário de dez euros.
Simão Pita, coordenador do projecto PROVE em Abrantes, disse à Lusa que, em apenas um mês, o número de aderentes ao projecto subiu de 32 para 80 e que hoje, dois meses volvidos, “existe uma lista de espera de 60 pessoas” uma vez que os agricultores não têm capacidade de resposta a todas as solicitações.
“Não há capacidade de resposta porque falamos de pequenos agricultores que estão dependentes do ciclo de desenvolvimento das plantas e que primam por preservar determinado modo de cultivo, sem a preocupação de um crescimento rápido e sem utilizarem químicos de síntese, procurando uma produção mais saudável e amiga do ambiente”, adiantou.
Segundo Simão Pita, o núcleo de Abrantes do projecto PROVE “foi a nível nacional o que mais aderentes teve na fase inicial e aquele onde o ritmo de crescimento é maior”, tendo apontado como razão a “relação de confiança que se estabeleceu entre quem produz e quem consome”.
“As pessoas estão satisfeitas e passam a palavra e ao comprarem directamente ao produtor eliminam algumas margens comerciais e sabem que estão a adquirir produtos que lhes asseguram qualidade e segurança alimentar”, enfatizou.
O responsável disse ainda que, para fazer face ao número de solicitações, irá criar novos núcleos na região e convidar novos produtores a aderirem ao projecto.
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