Autarcas de Constância e Vila Nova da Barquinha rejeitam declarações do Presidente da REFER sobre situação da Ponte sobre o Tejo
Os autarcas de Constância e Vila Nova da Barquinha rejeitaram hoje as afirmações do presidente da REFER que os acusou de terem causado sucessivos entraves a acordos para a recuperação da ponte entre as duas localidades, encerrada em Julho por falta de segurança.
Luís Pardal foi hoje prestar esclarecimentos ao grupo de trabalho na Comissão parlamentar das Obras Públicas, acerca da previsão de abertura da ponte sobre o rio Tejo, que liga Constância sul a Praia do Ribatejo, já no município da Barquinha, encerrada ao tráfego rodoviário dia 20 de Julho pela REFER, que alegou "falta de segurança" no tabuleiro rodoviário após uma vistoria técnica.
O presidente explicou que a REFER cedeu em 1984 um dos tabuleiros da ponte para tráfego rodoviário às autarquias por já não necessitar dele, ficando as câmaras de Vila Nova da Barquinha e de Constância “responsáveis pela exploração da via rodoviária e pela manutenção do tabuleiro” e a empresa ferroviária pela manutenção da infra-estrutura e dos pilares.
Reagindo às declarações de Pardal, que disse ainda que a REFER “assinou um protocolo em 2009 que nunca chegou a entrar em vigor porque as câmaras não terão aceite as condições da sua participação no processo”, António Mendes, presidente da Câmara de Constância à altura dos factos, disse à agência Lusa “não ser verdade” que a autarquia que liderava não tivesse manifestado interesse em subscrever o protocolo.
“O senhor Pardal está mal informado porque nós sempre fizemos a manutenção corrente ao tabuleiro e respondemos em apenas 11 dias à proposta de protocolo, onde considerámos que o mesmo era injusto mas que, não obstante, estávamos na disposição de o subscrever, ao contrário da REFER que nunca o fez”, afirmou.
António Mendes, que presidiu à Câmara de Constância ao longo de 24 anos e afirmou ter “lutado pela ponte durante mais de 15 anos”, disse ainda à Lusa que “o problema de fundo não era o tabuleiro mas sim a conservação estrutural da travessia”.
“Por isso, e se calhar bem, serviram-se de uma deliberação da Câmara da Barquinha para de fora unilateral terem feito as inspecções como fizeram e encerrar a ponte da forma que foi”, disse.
Máximo Ferreira, actual presidente da autarquia, disse à Lusa que as declarações do presidente da REFER “não são justas nem correspondem inteiramente à verdade”.
“Hoje”, acrescentou, “depois de chegados a um entendimento e a poucos dias de assinar um protocolo não me parece curial estar à procura de culpados quando todos terão tido a sua quota de responsabilidade no processo”.
Miguel Pombeiro, presidente da Câmara de Vila nova da Barquinha, afirmou à Lusa que nunca chegou a assinar um protocolo por “não concordar” com alguns dos pontos nele contidos, nomeadamente “a forma indigna de pagamento à cabeça” por parte das autarquias.
O autarca afirmou ainda que as declarações de Luís Pardal “não parecem adequadas tendo em conta que um protocolo para resolução do problema está a poucos dias de ser assinado”.
“Isto não é um contrato de adesão, é um protocolo de entendimento entre as várias partes envolvidas”, concluiu.
*Lusa
Os autarcas de Constância e Vila Nova da Barquinha rejeitaram hoje as afirmações do presidente da REFER que os acusou de terem causado sucessivos entraves a acordos para a recuperação da ponte entre as duas localidades, encerrada em Julho por falta de segurança.
Luís Pardal foi hoje prestar esclarecimentos ao grupo de trabalho na Comissão parlamentar das Obras Públicas, acerca da previsão de abertura da ponte sobre o rio Tejo, que liga Constância sul a Praia do Ribatejo, já no município da Barquinha, encerrada ao tráfego rodoviário dia 20 de Julho pela REFER, que alegou "falta de segurança" no tabuleiro rodoviário após uma vistoria técnica.
O presidente explicou que a REFER cedeu em 1984 um dos tabuleiros da ponte para tráfego rodoviário às autarquias por já não necessitar dele, ficando as câmaras de Vila Nova da Barquinha e de Constância “responsáveis pela exploração da via rodoviária e pela manutenção do tabuleiro” e a empresa ferroviária pela manutenção da infra-estrutura e dos pilares.
Reagindo às declarações de Pardal, que disse ainda que a REFER “assinou um protocolo em 2009 que nunca chegou a entrar em vigor porque as câmaras não terão aceite as condições da sua participação no processo”, António Mendes, presidente da Câmara de Constância à altura dos factos, disse à agência Lusa “não ser verdade” que a autarquia que liderava não tivesse manifestado interesse em subscrever o protocolo.
“O senhor Pardal está mal informado porque nós sempre fizemos a manutenção corrente ao tabuleiro e respondemos em apenas 11 dias à proposta de protocolo, onde considerámos que o mesmo era injusto mas que, não obstante, estávamos na disposição de o subscrever, ao contrário da REFER que nunca o fez”, afirmou.
António Mendes, que presidiu à Câmara de Constância ao longo de 24 anos e afirmou ter “lutado pela ponte durante mais de 15 anos”, disse ainda à Lusa que “o problema de fundo não era o tabuleiro mas sim a conservação estrutural da travessia”.
“Por isso, e se calhar bem, serviram-se de uma deliberação da Câmara da Barquinha para de fora unilateral terem feito as inspecções como fizeram e encerrar a ponte da forma que foi”, disse.
Máximo Ferreira, actual presidente da autarquia, disse à Lusa que as declarações do presidente da REFER “não são justas nem correspondem inteiramente à verdade”.
“Hoje”, acrescentou, “depois de chegados a um entendimento e a poucos dias de assinar um protocolo não me parece curial estar à procura de culpados quando todos terão tido a sua quota de responsabilidade no processo”.
Miguel Pombeiro, presidente da Câmara de Vila nova da Barquinha, afirmou à Lusa que nunca chegou a assinar um protocolo por “não concordar” com alguns dos pontos nele contidos, nomeadamente “a forma indigna de pagamento à cabeça” por parte das autarquias.
O autarca afirmou ainda que as declarações de Luís Pardal “não parecem adequadas tendo em conta que um protocolo para resolução do problema está a poucos dias de ser assinado”.
“Isto não é um contrato de adesão, é um protocolo de entendimento entre as várias partes envolvidas”, concluiu.
*Lusa
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