quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Saúde

Município da Chamusca quer que o Ministério da Saúde garanta atendimento a utentes do concelho
O município da Chamusca quer que o Ministério da Saúde garanta o atendimento aos 1400 utentes do Chouto e da Parreira que ficaram sem médico de família enquanto a Unidade de Saúde Familiar da Chamusca não entrar em pleno funcionamento.
O vice-presidente da câmara municipal da Chamusca, Francisco Matias, disse hoje à agência Lusa que o médico que prestava serviço naquelas duas extensões de saúde, que ficam a cerca de 30 quilómetros da sede do concelho, foi retirado no passado dia 21 de Outubro, sem que a Unidade de Saúde Familiar (USF) da Chamusca, onde passarão a ser atendidos, esteja a funcionar em pleno.
Segundo disse, dos seis médicos previstos para a USF dois estão ainda por colocar, o que tem deixado os utentes do Chouto e da Parreira sem possibilidade de acederem a uma consulta médica.
“Mesmo as situações agudas só passaram a ser atendidas depois de uma tomada de posição” conjunta, assumida a semana passada pelos eleitos na câmara, nas freguesias e na assembleia municipal, disse.
Nessa tomada de posição, os eleitos manifestam ainda o seu “total desacordo” com o “encerramento definitivo” das extensões de saúde do Arripiado e do Semideiro, que serviam perto de 500 utentes.
Francisco Matias disse, contudo, que a situação dos residentes no Chouto e na Parreira acaba por ser mais preocupante, já que a população do Arripiado está a ser atendida no pólo da USF que existe na Carregueira, localizada a sete quilómetros da povoação, e a do Semideiro tem atendimento garantido na USF da Chamusca, a 23 quilómetros.
Frisando que o concelho, que possui um vasto território e muita dispersão populacional, tem muita população idosa, o autarca apelou ao Ministério da Saúde para que faça uma “discriminação positiva”.
“Reconhecemos o problema da falta efectiva de médicos e a necessidade de racionalizar, mas é preciso manter os serviços essenciais”, como é o caso da saúde, disse.
Na sua tomada de posição, os autarcas da Chamusca pedem ainda que seja mantido o atual horário de funcionamento do Atendimento Complementar e do pólo da Carregueira e que não sejam postas em causa as extensões do Pinheiro Grande, Ulme e Vale de Cavalos.
*Lusa
-------------------------------------------------------------------------------