Ministro da Agricultura inaugura em Santarém Banco Português de Germoplasma Animal
O ministro da Agricultura inaugurou hoje o Banco Português de Germoplasma Animal (BPGA) nas instalações da antiga Estação Zootécnica Nacional, na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém.
Neste espaço vai ficar preservado o património genético animal português de 46 raças autóctones nacionais, nomeadamente de bovinos, caprinos, ovinos, equídeos, suínos e aves (galinhas).
Neste momento, já estão depositadas 200 mil doses de sémen animal, 350 embriões e 24 mil amostras de ADN, provenientes do espólio genético que estava à salvaguarda da Direcção Geral de Veterinária, em instalações na Amadora (Venda Nova).
No futuro, o objectivo do Instituto Nacional dos Recursos Biológicos (INRB), que tutela este banco, em conjunto com a Direcção Geral de Veterinária, é o de promover a recolha de mais material genético e de fazer o seu estudo e selecção, referiu Luís Teles da Gama, um dos técnicos responsáveis pelo projecto.
O ministro da Agricultura, António Serrano, salientou que o BPGA é “fundamental” para a investigação na área da genética animal e afirmou que “estas raças são determinantes para a nossa competitividade no contexto nacional e europeu”.
“Se cuidarmos deste património e conseguirmos tornar estas raças economicamente mais viáveis nas explorações, podemos ter a acesso a um conjunto de mercados que valorizam a qualidade do produto”, referiu.
O governante disse ainda que, se não houver mais investigação científica no sector agrícola, “muito dificilmente poderemos dar passos qualificativos de competitividade comparativamente com outros países europeus e mundiais”.
“Acredito que a próxima Política Agrícola Comum vai valorizar muito esta área do património animal e vegetal de cada Estado membro”, acrescentou António Serrano.
Para o ministro, o banco genético criado pelo Estado é também importante, porque permite “uniformizar, profissionalizar e qualificar a preservação do património animal português, para que sirva a todos, especialmente a quem produz e se dedica à criação destas raças autóctones”.
“A preservação das raças tem uma estrutura de custos que não pode ser suportada apenas por quem se dedica à produção de gado. Os laboratórios do ministério têm que trazer a investigação para o campo, porque os agricultores precisam dela para inovarem e reduzirem os seus custos de exploração”, sublinhou o ministro.
Actualmente, segundo dados divulgados pelo INRB, existem 39 raças autóctones portuguesas em vias de extinção. Luís Teles Gama, do INRB, frisou que o BPGA “não pode ser apenas um cofre onde se guarda este património genético”.
Segundo o técnico, “é necessário que seja feito um trabalho de selecção e expansão destas variedades” de raças autóctones e que se recolham amostras de outras raças que ainda não estão representadas.
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O ministro da Agricultura inaugurou hoje o Banco Português de Germoplasma Animal (BPGA) nas instalações da antiga Estação Zootécnica Nacional, na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém.
Neste espaço vai ficar preservado o património genético animal português de 46 raças autóctones nacionais, nomeadamente de bovinos, caprinos, ovinos, equídeos, suínos e aves (galinhas).
Neste momento, já estão depositadas 200 mil doses de sémen animal, 350 embriões e 24 mil amostras de ADN, provenientes do espólio genético que estava à salvaguarda da Direcção Geral de Veterinária, em instalações na Amadora (Venda Nova).
No futuro, o objectivo do Instituto Nacional dos Recursos Biológicos (INRB), que tutela este banco, em conjunto com a Direcção Geral de Veterinária, é o de promover a recolha de mais material genético e de fazer o seu estudo e selecção, referiu Luís Teles da Gama, um dos técnicos responsáveis pelo projecto.
O ministro da Agricultura, António Serrano, salientou que o BPGA é “fundamental” para a investigação na área da genética animal e afirmou que “estas raças são determinantes para a nossa competitividade no contexto nacional e europeu”.
“Se cuidarmos deste património e conseguirmos tornar estas raças economicamente mais viáveis nas explorações, podemos ter a acesso a um conjunto de mercados que valorizam a qualidade do produto”, referiu.
O governante disse ainda que, se não houver mais investigação científica no sector agrícola, “muito dificilmente poderemos dar passos qualificativos de competitividade comparativamente com outros países europeus e mundiais”.
“Acredito que a próxima Política Agrícola Comum vai valorizar muito esta área do património animal e vegetal de cada Estado membro”, acrescentou António Serrano.
Para o ministro, o banco genético criado pelo Estado é também importante, porque permite “uniformizar, profissionalizar e qualificar a preservação do património animal português, para que sirva a todos, especialmente a quem produz e se dedica à criação destas raças autóctones”.
“A preservação das raças tem uma estrutura de custos que não pode ser suportada apenas por quem se dedica à produção de gado. Os laboratórios do ministério têm que trazer a investigação para o campo, porque os agricultores precisam dela para inovarem e reduzirem os seus custos de exploração”, sublinhou o ministro.
Actualmente, segundo dados divulgados pelo INRB, existem 39 raças autóctones portuguesas em vias de extinção. Luís Teles Gama, do INRB, frisou que o BPGA “não pode ser apenas um cofre onde se guarda este património genético”.
Segundo o técnico, “é necessário que seja feito um trabalho de selecção e expansão destas variedades” de raças autóctones e que se recolham amostras de outras raças que ainda não estão representadas.
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