terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cultura

Vila Nova da Barquinha quer criar museu ao ar livre
Os artistas plásticos Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro e Joana Vasconcelos aceitaram já conceber obras para o museu de escultura portuguesa contemporânea que a Câmara de Vila Nova da Barquinha quer criar ao ar livre.
Num projecto que está a desenvolver em parceria com a Fundação EDP, a autarquia convidou 11 artistas plásticos portugueses com trabalhos desenvolvidos desde a década de 1960 até à actualidade a colocarem obras suas nos sete hectares da frente ribeirinha da vila.
Carlos Nogueira, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho são os outros nomes convidados por indicação do comissário do museu e historiador de arte João Pinharanda, disse à agência Lusa o vereador com o pelouro dos projectos culturais, Fernando Freire.
“É uma aposta arrojada” num momento de forte contenção orçamental, disse, frisando que o projecto, que envolve outras vertentes e passa pela regeneração urbana e da frente ribeirinha, tem financiamento assegurado do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O museu de escultura contemporânea portuguesa vai situar-se no parque inaugurado em 2005 e que foi concebido pelos arquitectos paisagistas Joana Sena e Hipólito Bettencourt, numa intervenção que ganhou em 2007 o prémio nacional de arquitectura paisagística em “espaços exteriores de uso público”.
Além da formalização do convite aos 11 artistas plásticos, que vão agora apresentar as suas propostas de intervenção no espaço, a autarquia iniciou em junho a remodelação dos antigos paços do concelho, edifício da primeira metade do século XIX, que terá no piso térreo uma galeria de exposições.
A funcionar está já o atelier de criação plástica na antiga Casa da Hidráulica, que possuirá igualmente uma residência de artistas e onde funcionarão os serviços educativos.
O projecto, designado por Mercado das Artes, tem um investimento previsto superior a 2 milhões de euros na primeira fase, a concluir no primeiro semestre de 2011, e conta com a parceria da Fundação EDP, através da sua direcção cultural.
No protocolo assinado com a autarquia, a Fundação assume a orientação técnica e científica da intervenção no Mercado das Artes/Parque de Esculturas, a colaboração no comissariado e na programação e a organização de exposições, disponibilizando o seu acervo.
Oferece ainda uma das esculturas e colabora nos programas pedagógicos.
A aposta da autarquia, que acredita na cultura como factor de “desenvolvimento de uma sociedade contemporânea e em particular no seu contributo para a criatividade e inovação”, visa promover o turismo cultural, aproveitando os milhares de visitantes ao Castelo do Almourol.
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