segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sociedade

Marcha lenta parou o trânsito na Ponte da Chamusca
Uma marcha lenta de viaturas foi hoje a forma escolhida pela Comissão de Utentes que está contra o encerramento da ponte de Constância para demonstrar que a ponte, na zona da Chamusca, “não é uma alternativa de qualidade”.
Composta por mais de 50 viaturas, a marcha organizada pela Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP) teve início às 08:30 em Constância, nas vias ao longo das duas margens do Tejo, tendo bloqueado ao longo de duas horas o trânsito na ponte sobre o rio Tejo, já na Chamusca.
Só com a chegada das autoridades, a circulação rodoviária, que provocou filas de centenas de metros, começou a fluir, embora lentamente, mantendo-se o trânsito condicionado na ponte ao longo de grande parte da manhã.
Esta travessia, a par da de Abrantes, ambas a 25 quilómetros de distância, são as alternativas de maior proximidade face ao encerramento da ponte do concelho vizinho de Constância, decidida em Julho último pela REFER após uma vistoria técnica ter detectado deficiências estruturais no tabuleiro rodoviário.
A porta-voz da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP), Júlia Amorim, também vice-presidente da Câmara de Constância (CDU), disse hoje à agência Lusa que a acção, que qualificou de "bem conseguida", visou “demonstrar que a ponte de Chamusca não é uma alternativa de qualidade” ao acréscimo de tráfego provocado pelo encerramento da ponte de Constância.
Por outro lado, continuou, a marcha pretendia “chamar a atenção aos governantes para que encontrem rapidamente uma solução e se reabra a ponte em Constância, com segurança”.
“As reuniões entre as autarquias e as entidades governamentais continuam a ser inconsequentes”, afirmou à Lusa, tendo acrescentado que novas acções irão decorrer "até que se encontre uma resposta que resolva a situação" daquela travessia.
A ponte sobre o rio Tejo, que liga Constância sul a Praia do Ribatejo, já no município da Barquinha, foi encerrada ao tráfego rodoviário dia 20 de Julho pela REFER, que alegou “falta de segurança” no tabuleiro rodoviário após uma vistoria técnica, não tendo ainda sido encontrada uma solução por parte das entidades autárquicas e governamentais para a resolução daquele problema.
O encerramento da travessia tem provocado desconforto e revolta nas populações locais, nomeadamente do concelho de Constância, que tem dois terços do território e da sua população na margem sul, na freguesia de Santa Margarida, e os equipamentos de serviços às populações na margem norte, em Constância.
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