quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Trânsito

Ponte sobre o Tejo em Constância vai continuar fechada até à realização de novo estudo
A ponte sobre o rio Tejo, encerrada na zona de Constância desde 20 de Julho, vai continuar fechada a todo o tipo de tráfego rodoviário até que seja realizado um novo estudo, informaram fontes autárquicas.
Os presidentes das Câmaras de Constância e Vila Nova da Barquinha, que estiveram hoje reunidos com a Governadora Civil de Santarém, foram informados que aquela travessia irá continuar encerrada a todo o tipo de tráfego rodoviário durante os próximos dois meses.
O objectivo é possibilitar a realização de uma análise técnica mais aprofundada, com cálculos de peso, que permitam aferir da viabilidade de uma reabertura, embora condicionada.
A interdição de circulação no tabuleiro rodoviário, ocorrida em Julho após uma vistoria técnica da Refer - Rede Ferroviária Nacional, que apontou falhas de segurança, tem provocado desconforto e revolta nas populações locais, nomeadamente do concelho de Constância.
Este concelho, que tem dois terços do território e da sua população na margem sul, na freguesia de Santa Margarida, e os equipamentos de serviços às populações na margem norte, em Constância.
“Apesar de todos os transtornos” causados pelo encerramento daquela travessia, Máximo Ferreira manifestou hoje à Lusa a sua “satisfação” pelo modo como decorreu a reunião de trabalho com a Governadora Civil, tendo afirmado que, “durante a próxima semana”, reunirá com o ministro das Obras Públicas (MOPTC) para concretizar a reformulação do protocolo existente entre as duas autarquias, a Refer e a Estradas de Portugal (EP).
“O protocolo que existe necessita desta reformulação tendo em vista a requalificação da travessia e a substituição integral do tabuleiro, um investimento que deverá rondar os quatro milhões de euros”, disse o autarca.
Segundo acrescentou, as obras de beneficiação deverão estender-se “por mais de um ano”, um investimento que pode contar com apoio de fundos comunitários na ordem dos 70 a 80 por cento.
“A verba restante será assumida em partes iguais pelas entidades que partilham o protocolo”, adiantou.
Máximo Ferreira disse ainda à Lusa que, “enquanto não se efectua a recuperação de fundo, a eventual reabertura da ponte a veículos ligeiros está dependente de uma recuperação imediata” que apresenta custos variáveis, oscilando entre os cerca de 400 mil euros e 1 milhão de euros.
Um esforço financeiro que o autarca afirma estar disposto a assumir, “em detrimento de outros projectos previstos para o concelho”, numa posição partilhada pelo seu homólogo de Vila Nova da Barquinha, Miguel Pombeiro.
Segundo disse à Lusa o presidente da autarquia barquinhense, a reunião da próxima semana com o MOPTC “é importante para definir os termos de reabilitação e reabertura da ponte e concertar posições quer para a solução provisória, quer para a solução definitiva”.
“Os impactos causados pelo encerramento da ponte são imensos, mas os impactos maiores ainda estão para vir pois é no mês de Setembro que recomeçam em pleno as actividades laborais e o novo ano escolar”, observou.
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