Trabalhadores da Platex aceitam plano de viabilização da empresa
Os trabalhadores da IFM/Platex assinaram hoje a acta em que aceitam as condições inscritas no plano de viabilização da empresa apresentado pela Investwood e que será votado na assembleia de credores agendada para 02 de Setembro.
“Hoje é um dia histórico, não só para os trabalhadores que sempre lutaram pelos seus salários e pela manutenção dos postos de trabalho, mas também para as organizações que os representam e para o concelho de Tomar”, disse à agência Lusa Aquilino Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores e Cortiça do Sul.
Segundo disse, no plenário de hoje, um dos mais participados, com a presença de mais de 130 trabalhadores, foi aprovado por maioria um plano que salvaguarda 105 postos de trabalho, que mantém em vigor o Acordo de Empresa, e que garante o pagamento não integral das indemnizações que forem devidas aos trabalhadores dispensados.
“Foi o acordo possível” depois de muitas negociações entre a comissão sindical, que reúne os quatro sindicatos representativos dos trabalhadores (Madeiras, Metalúrgicos, Indústrias Eléctricas e Serviços), os representantes dos credores e a Investwood, disse, lamentando que o poder político “tenha ajudado muito pouco”.
O sindicalista lembrou a luta dos trabalhadores da IFM/Platex, que desde que a empresa de fibras de madeira suspendeu a laboração por falta de liquidez financeira, em Abril de 2009, se desdobraram em acções de luta e deslocações a Lisboa, onde procuraram ser ouvidos pelos responsáveis governamentais da Economia e do Trabalho.
Os trabalhadores aceitaram a redução de postos de trabalho, que implicará a saída de 70 a 80 pessoas e o pagamento proposto de 65 por cento das indemnizações a que estes têm direito (embora tenham inscrito uma proposta mais elevada que querem ver votada na assembleia de credores).
Ficam garantidos o pagamento dos salários em atraso, a manutenção do acordo de empresa (contabilizando a antiguidade e garantindo o subsídio de turno, nomeadamente), e a abertura do refeitório, que embora não forneça refeições terá condições para os trabalhadores guardarem e aquecerem comida.
“A Platex é uma grande experiência e uma grande vitória dos trabalhadores e das organizações que os representam. É um exemplo que devia ser seguido por outras empresas”, disse.
Realçando a “vontade de resolver” que os trabalhadores encontraram junto da governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, Aquilino Coelho lamentou que a ministra do Trabalho nunca os tenha recebido nem dado qualquer resposta.
“Em vez de pagar subsídios de desemprego era preferível ter nacionalizado a fábrica e pô-la a trabalhar para o país”, disse.
Antes de suspender a laboração, a IFM/Platex exportava 60 por cento da sua produção.
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Os trabalhadores da IFM/Platex assinaram hoje a acta em que aceitam as condições inscritas no plano de viabilização da empresa apresentado pela Investwood e que será votado na assembleia de credores agendada para 02 de Setembro.
“Hoje é um dia histórico, não só para os trabalhadores que sempre lutaram pelos seus salários e pela manutenção dos postos de trabalho, mas também para as organizações que os representam e para o concelho de Tomar”, disse à agência Lusa Aquilino Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores e Cortiça do Sul.
Segundo disse, no plenário de hoje, um dos mais participados, com a presença de mais de 130 trabalhadores, foi aprovado por maioria um plano que salvaguarda 105 postos de trabalho, que mantém em vigor o Acordo de Empresa, e que garante o pagamento não integral das indemnizações que forem devidas aos trabalhadores dispensados.
“Foi o acordo possível” depois de muitas negociações entre a comissão sindical, que reúne os quatro sindicatos representativos dos trabalhadores (Madeiras, Metalúrgicos, Indústrias Eléctricas e Serviços), os representantes dos credores e a Investwood, disse, lamentando que o poder político “tenha ajudado muito pouco”.
O sindicalista lembrou a luta dos trabalhadores da IFM/Platex, que desde que a empresa de fibras de madeira suspendeu a laboração por falta de liquidez financeira, em Abril de 2009, se desdobraram em acções de luta e deslocações a Lisboa, onde procuraram ser ouvidos pelos responsáveis governamentais da Economia e do Trabalho.
Os trabalhadores aceitaram a redução de postos de trabalho, que implicará a saída de 70 a 80 pessoas e o pagamento proposto de 65 por cento das indemnizações a que estes têm direito (embora tenham inscrito uma proposta mais elevada que querem ver votada na assembleia de credores).
Ficam garantidos o pagamento dos salários em atraso, a manutenção do acordo de empresa (contabilizando a antiguidade e garantindo o subsídio de turno, nomeadamente), e a abertura do refeitório, que embora não forneça refeições terá condições para os trabalhadores guardarem e aquecerem comida.
“A Platex é uma grande experiência e uma grande vitória dos trabalhadores e das organizações que os representam. É um exemplo que devia ser seguido por outras empresas”, disse.
Realçando a “vontade de resolver” que os trabalhadores encontraram junto da governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, Aquilino Coelho lamentou que a ministra do Trabalho nunca os tenha recebido nem dado qualquer resposta.
“Em vez de pagar subsídios de desemprego era preferível ter nacionalizado a fábrica e pô-la a trabalhar para o país”, disse.
Antes de suspender a laboração, a IFM/Platex exportava 60 por cento da sua produção.
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