segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sociedade

Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, defendeu hoje, em Fátima, que a Educação é uma prioridade para o país
“Torna-se prioritário olhar para a Educação e reconhecê-la como elemento estruturante da sociedade portuguesa, comportando responsabilidades tanto ao nível social como para a Igreja”, afirmou D. Jorge Ortiga no discurso de abertura da Assembleia Plenária da CEP.
Admitindo que “algumas coordenadas do ensino em Portugal” inquietam a Igreja Católica, o presidente da CEP observou que “importa ter a coragem de o repensar e não adoptar soluções parciais ao sabor dos ventos e conveniências”.
“Por Educação não podemos entender uma mera transmissão de conhecimentos ou ideias, é necessário ter a capacidade de abrir horizontes e procurar a totalidade da pessoa nas suas múltiplas dimensões, intelectual, afectiva e espiritual”, disse o prelado.
Defendendo uma Educação de valores, D. Jorge Ortiga considerou que “sem valores verdadeiramente assumidos a Educação não acontece e a vida social corre o risco de se desintegrar na insegurança crescente, a começar pelo ambiente familiar”.
“Muitos já o refeririam e não se pode esquecer: a crise está na ausência de valores”, referiu, advertindo que, embora possa “parecer que temos uma sociedade de progresso e verdadeiramente desenvolvida”, o actual momento desmente-o e o “futuro irá reservar-nos algumas surpresas”.
A propósito de valores, D. Jorge Ortiga acrescentou que “educar para os valores deve permitir uma pluralidade de propostas, de modo que, segundo o princípio da subsidiariedade, seja permitido aos pais escolher o projecto que querem assumir para os seus filhos”.
O presidente da CEP reconheceu que, além da “necessária pluralidade e qualidade de oferta” educativa, é também “imprescindível sensibilizar as famílias, para que sejam capazes de interpretar a sua missão”.
“Em muitos casos, podem ser necessários gestos e atitudes frontais, manifestando um justo inconformismo cívico, a fim de que seja respeitada a liberdade sobre a educação dos filhos”, disse ainda.
*Fonte:Lusa
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