terça-feira, 25 de outubro de 2011

Saúde

Presidentes dos Conselhos de Comunidade dos ACES do Zêzere e Serra D´Aire consideram situação grave nos seus municípios
As presidentes dos Conselhos de Comunidade dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Zêzere e Serra D'Aire consideram grave a situação existente nos seus municípios que resultou da reorganização das unidades de prestação de cuidados de saúde.
Em comunicado dirigido ao ministro da Saúde, as presidentes do ACES do Zêzere, Maria do Céu Albuquerque, e da Serra D’Aire, Fernanda Asseiceira, consideram que a reorganização “não pode nem deve ser feita à margem dos municípios pelas competências que lhe estão atribuídas”, também em matéria de saúde.
Albuquerque e Asseiceira, que também são presidentes das câmaras de Abrantes e Alcanena, respectivamente, já solicitaram uma reunião com carácter de urgência para “debater e solucionar” a questão.
 “O que se passa”, mencionam no documento, “é que, não só são limitadas aos municípios as suas possibilidades de apoiarem a criação de respostas que permitam minorar os constrangimentos existentes, como não são os municípios nem ouvidos nem chamados a participar num processo que prevê uma remodelação profunda da oferta de cuidados de saúde aos cidadãos dos seus concelhos”.
Na missiva, as autarcas afirmam ainda que “contrariamente ao solicitado pelo Conselho da Comunidade, pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e pelos próprios municípios, não só não foi suspensa qualquer reorganização, como não foi prestado qualquer esclarecimento por parte dos directores executivos dos ACES”.
Queixam-se, em consequência, que se continua a assistir ao encerramento de extensões de saúde que lhes são “comunicadas pelos próprios utentes, e não pelas estruturas directivas dos ACES, sem que exista uma prévia análise da situação”, por exemplo ao nível dos transportes.
Segundo aquelas responsáveis, “importa ainda ter em conta que os utentes utilizadores das extensões que têm vindo a ser encerradas, ou que se prevê o venham a ser, revelam na sua maioria elevados índices de envelhecimento e/ou dependência, residem em locais que distam significativamente da sede do concelho ou onde a rede de transportes públicos não existe ou é claramente insuficiente”.
Albuquerque e Asseiceira afirmam ainda “não compreender nem aceitar” que uma reorganização desta natureza se faça à margem dos municípios e sem a preocupação de adequar as respostas que se querem criar aos recursos existentes, reforçando a “necessidade urgente” de ser calendarizada uma reunião com o ministro da tutela para a procura de uma solução conjunta relativamente a este assunto.
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