quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saúde

Comitiva de utentes e autarcas de Benavente entrega moção ao Primeiro-ministro a reivindicar melhor serviço de saúde para o concelho
Uma comitiva composta por utentes e autarcas do concelho de Benavente entrega esta tarde na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, uma moção a reivindicar melhores serviços de saúde e de condições de vida para as populações.
"Vamos entregar a moção aprovada por cerca de 300 pessoas reunidas no cineteatro de Benavente no dia 26 de Setembro", explicou à Lusa o coordenador da comissão de utentes de Benavente, Domingos David.
A moção recorda que "cerca de sete mil utentes do concelho de Benavente estão sem médico de família, três extensões de saúde estão totalmente encerradas e duas com funcionamento insuficiente e faltam seis médicos e correspondentes enfermeiros".
Os utentes referem-se ainda ao Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente, que serve cerca de 50 mil utentes dos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos e "funciona precariamente 23 horas diárias".
A população reivindica ainda o cumprimento integral do acordo assinado entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Santa Casa da Misericórdia de Benavente que possibilita o acesso dos utentes a consultas de especialidade.
O problema é motivado por um procedimento administrativo que obriga os médicos a encaminharem os utentes do concelho de Benavente para o hospital de Vila Franca de Xira ou para hospitais de Lisboa quando necessitam de determinadas consultas de especialidade, exames ou tratamentos, ao contrário dos utentes dos concelhos vizinhos.
As especialidades de fisioterapia e dermatologia já foram desbloqueadas, estando agora em falta nomeadamente, segundo a comissão de utentes, a oftalmologia e cardiologia.
No entanto, a moção ultrapassa as questões da saúde e exige também o aumento dos salários e das pensões, a disponibilização de medicamentos gratuitos e de transporte para os doentes.
Segundo Domingos David, a comissão decidiu alargar o leque de assuntos a abordar porque "os utentes manifestaram a necessidade de falar, por exemplo, das reformas".
"Há pessoas que já não podem comprar os medicamentos todos porque não têm dinheiro", disse.
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