Assembleia Municipal de Tomar aprova criação de comissão para estudar situação da saúde no concelho
Em moção aprovada por unanimidade na última assembleia municipal, os autarcas decidiram solicitar, em consonância com a câmara municipal, audiências aos grupos parlamentares, à Comissão de Saúde da Assembleia da República e ao ministro da Saúde para transmitir “a firme oposição dos representantes do povo de Tomar” à retirada de serviços de saúde do concelho.
Em concreto referem oposição ao eventual encerramento das urgências do Hospital Nossa Senhora da Graça (um dos três que, com Torres Novas e Abrantes, integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo) e a “todas as situações de efectiva (ou perspectivada) deslocação de serviços/especialidades, ou subaproveitamento de serviços, de recursos e de equipamentos”.
Exigem ainda “melhor e mais efectiva prestação de cuidados de saúde aos munícipes e aos utentes abrangidos pelos serviços” do hospital de Tomar e pelas extensões de saúde.
“Ao longo destes últimos anos tem-se verificado o subaproveitamento de serviços e de equipamentos do Hospital Nª Sª da Graça, bem como a deslocação de serviços/especialidades (pediatria, dermatologia, ginecologia e obstetrícia) para o Hospital de Abrantes e de Torres Novas (no âmbito do Centro Hospitalar do Médio Tejo)”, refere a moção apresentada pelos Independentes por Tomar.
A moção lamenta que o hospital de Tomar se tenha tornado numa “espécie de parente pobre do Centro Hospitalar do Médio Tejo”, sublinhando que a situação de “carência” de cuidados de saúde na região foi agravada com o recente encerramento do Serviço de Atendimento Permanente, o que “não pode continuar a verificar-se com o silêncio complacente dos órgãos autárquicos”.
Os eleitos municipais tomaram ainda posição sobre a introdução de portagens no IC3, lembrando que o lanço desta via onde recentemente foram colocados pórticos e o lanço seguinte foram construídos pela “Estradas de Portugal”, não devendo estar associados à concessão feita a uma empresa privada.
Numa moção apresentada pelo IpT e aprovada por maioria, os eleitos consideram “manifestamente abusiva a integração dos lanços do IC3 já construídos na concessão negociada pelo Governo”, opondo-se à cobrança de portagens nesses troços.
Por unanimidade, foi ainda aprovada uma outra moção que insiste na necessidade de a câmara municipal elaborar um Plano de Contenção de Gastos e Poupança de Energia.
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