sábado, 29 de outubro de 2011

Autarquias

Autarca de Vila Nova da Barquinha considera lamentável a forma do processo de introdução de cobrança de portagens no IC3
O presidente da Câmara de Vila nova da Barquinha considerou hoje ser "lamentável" o "desprezo" a que os autarcas daquele concelho foram votados relativamente ao modo como está a decorrer o processo de introdução de portagens na região.
A posição do autarca surge na sequência de um comunicado hoje divulgado pela Estradas de Portugal para anunciar o início da cobrança de portagens em três sublanços do IC3 (itinerário complementar), agora designado A13 (auto-estrada), a partir da próxima terça-feira.
A medida foi anunciada "ao arrepio" dos autarcas e é "bastante penalizadora" para Vila Nova da Barquinha e para a freguesia de Atalaia, cuja população ficará "confrontada com um verdadeiro cerco portajeiro", disse à Lusa o presidente da câmara, Miguel Pombeiro.
"Do dia para a noite mudaram a designação de IC3 para A13, mudaram placas e limites de velocidade, introduziram pórticos para pagamento de portagens e os autarcas, enquanto legítimos representantes das populações não são ouvidos nem sabem oficialmente de nada do que se vai passar", lamentou.
Miguel Pombeiro disse ainda à Lusa que as populações estão "muito apreensivas" com o desenrolar de o processo, fazendo um "apelo ao bom senso" dos responsáveis políticos para que "alterem a localização dos pórticos ou coloquem mais para evitar discriminações e prejuízos tão elevados para as populações e empresas".
O presidente da Junta de Freguesia de Atalaia, Nuno Gameiro, afirmou à Lusa estar "profundamente revoltado" com o desenrolar de um processo que classificou de "prejudicial e altamente lesivo e discriminatório" para com aquela freguesia.
Segundo o autarca, que afirmou não excluir a possibilidade de avançar com o caso para os tribunais, a localização dos pórticos e a sua consequência para as populações e tecido empresarial é "inqualificável e carece de fundamento jurídico".
A freguesia de Atalaia, explicou, ficará "totalmente cercada por portagens" e todos os que queiram deslocar-se no sentido do Entroncamento ou de Tomar e vice-versa "vão ter de pagar dupla portagem, ao contrário do que sucederá com as populações das outras localidades", que ficarão isentas.
Hoje, os presidentes das câmaras municipais do Médio Tejo lamentaram em uníssono a "falta de articulação" e de informação junto da administração local sobre a instalação de pórticos e o início da cobrança de portagens no IC3.
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