sábado, 29 de outubro de 2011

Saúde

Populares protestaram em Benavente pela continuidade das consultas no período diurno no SAP do concelho
Mais de meia centena de pessoas concentrou-se ontem, ao final da tarde, frente ao Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente para exigir a continuidade das consultas no período diurno naquela unidade.
O contrato entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) e a empresa responsável pela prestação dos cuidados médicos, entre as 08:00 e as 20:00, naquele serviço de urgências, termina no fim do mês de Outubro e a comissão de utentes do concelho de Benavente temeu pela não renovação.
No entanto, a Câmara Municipal de Benavente informou que recebeu ao final do dia de quinta-feira a garantia, por parte do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria, que o contrato foi renovado por mais dois meses.
“A informação que obtivemos é que o contrato vai ser renovado até ao final do ano”, explicou o vice-presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, à Agência Lusa.
A comissão de utentes de Benavente mostra-se preocupada com a situação. Para o coordenador, Domingos David, “o SAP não encerra, mas corremos um risco muito sério de chegar aqui no dia 02 de Janeiro e não termos médicos”.
Justifica o receio com uma suspeita: “Estão a canalizar estes fins de contrato para o final do ano, quando as pessoas estão mais distraídas e quando nos apercebermos já estamos desprovidos de cuidados de saúde e depois é muito mais difícil”.
O coordenador da comissão de Benavente assegurou que “os utentes não vão desistir das suas causas” e que vão endurecer as formas de luta em defesa da saúde.
À Agência Lusa, a directora do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria, Luísa Portugal, confirmou que “estão a ser desenvolvidos os procedimentos para a renovação do contrato” até 31 de Dezembro.
“Ficámos preocupados porque estávamos a ver chegar o fim do mês, mas tivemos conhecimento pela ARS que o contrato está a ser assinado”, explicou.
Quanto ao futuro daquela unidade depois dessa data, a directora referiu apenas que “existem agora dois meses para estudar o que se vai passar a seguir”.
Luísa Portugal defendeu, no entanto, que “continua a ser necessário o SAP, principalmente durante o dia porque há muitos utentes sem médico de família e é ali que são atendidos”.
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