quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Autarquias

Órgãos autárquicos de Ourém convocam vigília em defesa de cuidados básicos de saúde pública
Os órgãos autárquicos de Ourém convocaram hoje uma vigília para exigirem cuidados básicos de saúde que "são devidos à população do concelho", disse à Lusa o presidente da Câmara.
"A Câmara de Ourém, a Assembleia Municipal e as 18 juntas de freguesia decidiram convocar uma vigília para o dia 14 de Outubro para contestar a humilhação a que a população do concelho está a ser sujeita" ao nível dos cuidados primários de saúde, anunciou Paulo Fonseca (PS).
O autarca revelou ainda que ficou acordado entre todos os órgãos autárquicos do concelho a promoção de um abaixo-assinado "para reforçar a indignação colectiva" e a decisão de escrever ao primeiro-ministro "para lhe dar conta do que se está a passar em Ourém".
O anúncio destas medidas acontece no mesmo dia em que tiveram lugar duas manifestações nas freguesias de Espite e Matas contestando a falta de profissionais de saúde.
"Ourém é o segundo concelho no distrito ao nível dos impostos e também o segundo ao nível da população, mas não possui qualquer hospital ou alternativas como unidades móveis de saúde, que podiam percorrer as freguesias", ilustrou o autarca.
Paulo Fonseca assegurou que "todos estão conscientes que o tempo é de dificuldades", admitiu cortes nas despesas e rigor nas contas públicas, mas sublinhou que "o concelho quer ser ouvido na tomada de decisões e encontrar soluções para reduzir custos e, ao mesmo tempo, garantir melhores cuidados de saúde".
Após as manifestações de hoje, "que passaram nas televisões", o autarca disse que foi convocado para uma reunião no Ministério da Saúde que terá lugar na sexta-feira e na qual será acompanhado pela presidente da Assembleia Municipal, Deolinda Simões.
A 07 de Setembro, o presidente da Câmara de Ourém já solicitara uma reunião de emergência com o ministro da Saúde de forma a discutir "a situação alarmante" vivida no concelho.
Em carta dirigida ao ministro Paulo Macedo, o autarca sublinhou que o concelho "está à beira de ficar numa situação dramática", na qual 20 mil pessoas não terão médico de família, lembrando que Ourém não possui qualquer hospital "e tem Fátima com uma das suas freguesias, que é visitada por cinco milhões de pessoas por ano".
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