sábado, 29 de outubro de 2011

Autarquias

Presidentes de Câmaras do Médio Tejo lamentam falta de informação sobre início de cobrança de portagens no IC3
Os presidentes das câmaras municipais do Médio Tejo lamentaram hoje a “falta de articulação” e de informação junto da administração local sobre a instalação de pórticos e o início da cobrança de portagens no IC3.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), António Rodrigues, disse à agência Lusa que já não está em discussão a introdução ou não de portagens nas SCUT, mas sim o “desprezo absoluto” a que foram votados os autarcas da região.
A Estradas de Portugal anunciou hoje, em comunicado, o início da cobrança de portagens em três sublanços do IC3 (itinerário complementar), agora designado A13, a partir da próxima terça-feira.
“Não se consegue perceber como é que fomos totalmente desprezados”, disse o também presidente da Câmara Municipal de Torres Novas à Lusa, frisando que, no mínimo, era de esperar o envio de “um ofício esclarecedor” para os municípios da região.
“Não é questão de presunção. É que enquanto existirmos e enquanto houver autarcas escolhidos pelo povo, o povo procura-nos e quer saber o que vai acontecer, em que moldes, e se nos perguntarem nós não sabemos responder, pela simples razão de que não fomos informados de nada”, afirmou.
O conselho executivo da CIMT emitiu um comunicado no final da reunião de hoje, que contou com as presenças dos presidentes das 11 câmaras municipais que integram a comunidade, no qual manifestam o seu “total descontentamento” pela forma como decorreu este processo, em particular pela “lamentável falta de articulação com a administração local” na implementação dos pórticos.
Os presidentes de Abrantes, Alcanena, Constância, Ferreira do Zêzere, Entroncamento, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha declaram a sua preocupação pela “incapacidade financeira de muitos residentes para fazer face às suas deslocações por motivos de saúde e da condição especial de, no Médio Tejo, existirem três hospitais com valências distintas”.
Os autarcas discordam ainda da informação transmitida pelo serviço de apoio ao utente de que a localização dos pórticos “resultou das subsequentes reuniões do Estado português com as autoridades locais, nomeadamente as autarquias”, uma vez que “as autarquias não tiveram nenhuma intervenção relevante na localização dos pórticos”.
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