quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Política

Cartaxo: Bloco de Esquerda considera que a autarquia esteja em “falência técnica”
O Bloco de Esquerda quer que a Câmara do Cartaxo diga “qual o verdadeiro estado das contas” do município, que considera estar em “falência técnica”, e qual a estratégia para voltar a ser “bom pagador, sem crédito mal parado”.
Num comunicado, os eleitos do BE na Assembleia Municipal do Cartaxo consideram que a existência de um crédito mal parado da ordem dos 592 mil euros, denunciada terça-feira em reunião de câmara pelo vereador do PSD Paulo Neves, “reflecte o grau de irresponsabilidade com que as contas do concelho são geridas”.
Paulo Neves disse à Lusa que manifestou na reunião de terça-feira a sua preocupação com a existência de 11 processos de execuções, alguns com penhoras a contas bancárias da autarquia, com os inerentes encargos em juros.
Em concreto referiu uma nova acção relativa à Aquaril, empresa que entrou em insolvência há quatro anos, relativa a facturas por fornecimento de betuminoso no valor de perto de 593 mil euros.
Questionado pela Lusa, o presidente da autarquia, Paulo Caldas (PS), negou a existência de qualquer penhora, assegurando que sempre que há um aviso de uma situação para execução, como é o caso, os serviços propõem de imediato um plano de pagamento.
“À semelhança de outros municípios e da própria Administração Central, temos um conjunto de injunções, que estamos a tratar com muito rigor”, disse, garantindo que têm sido feitos planos de pagamento de forma a evitar a penhora.
Segundo Paulo Caldas, o município do Cartaxo está com um prazo de pagamento a fornecedores de 237 dias, sendo todas as situações “geridas com muito rigor”.
No comunicado, o BE afirma que, só em Setembro, o município pagou “uns mirabolantes 1,250 milhões de euros” aos bancos relativos a amortizações mensais (que durarão 8 anos) respeitantes a Acordos de Regularização de Dívida.
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