terça-feira, 4 de outubro de 2011

Saúde

Autarca de Torres Novas acusa o governo de "falta de sensibilidade" no caso dos médicos da Costa Rica
O presidente da Câmara de Torres Novas acusa o Governo de "falta de sensibilidade" no caso dos nove médicos da Costa Rica que estão em Portugal há quatro meses a receber o salário, mas impedidos de consultar doentes.
Em declarações à Agência Lusa, António Rodrigues, que tinha já alertado para o problema no final de Setembro, considera que a situação dos nove médicos costa-riquenhos, quatro deles colocados em Torres Novas, é um exemplo da "falta de sensibilidade de quem dirige este país".
"São nove pessoas a ganhar dinheiro, que se sentem incomodadas por receberem o vencimento todos os meses e não poderem trabalhar. E fala-se disto como se estivéssemos a falar de pedras. As pessoas foram enganadas lá e foram enganadas cá e andam há quatro meses sem trabalhar por não haver ninguém na Ordem dos Médicos nem no Governo que resolva a situação", desabafou o autarca socialista.
Os nove médicos costa-riquenhos que chegaram a Portugal há quatro meses continuam sem poder exercer medicina por razões "apenas burocráticas", por falta do "documento de reciprocidade", disse à Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, considera que a responsabilidade pelo facto de estes profissionais da Costa Rica estarem desde Maio sem exercer é "dos dois governos" - da Costa Rica e de Portugal -, garantindo "não poder fazer nada". Já a comissão de utentes de saúde do Médio Tejo defende que a Ordem devia "aligeirar os procedimentos burocráticos" para permitir que os médicos possam finalmente começar a consultar os doentes, disse à Lusa o seu porta-voz, Manuel José Soares.
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