terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ensino

Conservatório de Musica de Santarém iniciou o ano lectivo em novas instalações
Os 300 alunos e 35 professores do Conservatório de Música de Santarém começaram o ano lectivo nas instalações ambicionadas pela direcção da instituição há duas décadas, passando a dispor de “excelentes” condições físicas para o ensino da música.
Beatriz Martinho, presidente da direcção do Conservatório de Música de Santarém, disse à agência Lusa que a passagem para o edifício recuperado pela autarquia veio finalmente dar as condições que faltavam, nomeadamente de insonorização, a uma instituição que se tem pautado pela “máxima qualidade pedagógica”.
A concretização de uma batalha que travava há mais de 20 anos valeu a Beatriz Martinho a atribuição do troféu Profissional do Ano pelo Rotary Club de Santarém, que vai ser entregue hoje num reconhecimento de um trabalho persistente que acabou por se tornar agora “mais visível”, disse à Lusa o presidente dos rotários escalabitanos, José Cunha.
No novo edifício, contíguo ao Teatro Sá da Bandeira, o conservatório poderá alargar o número de instrumentos que lecciona (actualmente são 20) e concretizar uma das missões para que foi criado (em 1985), o ensino da dança, já que dispõe de uma sala que vai permitir iniciar o ensino de dança contemporânea, disse.
Único conservatório do país que é Escola Associada da UNESCO, a instituição vai receber uma biblioteca de música e uma colecção de partituras oferecidas pela Direcção Geral das Artes, anúncio feito a semana passada pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.
O edifício onde passou a funcionar o Conservatório, propriedade da Câmara Municipal de Santarém, foi reabilitado de acordo com o projecto do arquitecto Santos Silva, acolhendo ainda outras valências, como os Serviços de Apoio ao Associativismo Cultural do Concelho, a sede da Artemrede, salas para dois grupos de teatro e um espaço colectivo para ensaios, funcionando em articulação com o vizinho Teatro Sá da Bandeira.
A recuperação do edifício custou cerca de um milhão de euros, comparticipados em 80 por cento por fundos comunitários.
Beatriz Martinho disse à Lusa que recebeu a notícia da distinção rotária “com muita alegria e muita felicidade”, acreditando que ela resultou não só da luta de mais de 20 anos que teve agora o seu corolário, mas também do percurso de uma vida de participação cívica muito activa.
“Faz parte da minha postura de vida não desistir”, disse, lembrando um percurso de vida que passou pela dedicação à educação especial, ao sindicalismo (foi conselheira nacional da Fenprof), ao voluntariado, à passagem por órgãos do município.
---------------------------------------------------------------------------------------------