terça-feira, 17 de maio de 2011

Sociedade

Sindicato e Associação dos Bombeiros Profissionais iniciaram em Santarém série de plenários para preparar caderno reivindicativo
A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) anunciaram hoje em comunicado que iniciaram em Santarém uma série de plenários com bombeiros para "preparar um caderno reivindicativo a apresentar ao novo Governo".
Além disso, as duas entidades vão solicitar audiências aos PS, PSD, CDS-PP, PCP, Bloco de Esquerda e ao partido ecologista Os Verdes, "com vista a saber quais as medidas que os responsáveis políticos preconizam, nos seus programas, para os bombeiros profissionais da administração local".
A ANBP e o SNBP querem saber "em que moldes os bombeiros vão ser enquadrados no ministério da Defesa, quando neste momento têm uma secretaria própria através da qual têm sido uniformizadas e organizadas não só a legislação, como as medidas técnicas, operacionais entre outras", disseram as duas entidades num comunicado em conjunto.
Os representantes dos bombeiros profissionais querem também "esclarecer a situação dos ENCINES – Equipas de Combate a Incêndios - uma vez que os bombeiros, enquanto funcionários públicos, são pagos como voluntários e por uma associação".
Considerando "lamentável" que as Câmaras Municipais, "em vez de abrirem concurso para bombeiros profissionais o façam para assistentes operacionais quando sabem que as condições e as exigências enquanto bombeiro profissional são diferentes" em ambos os casos.
Além disso, acrescentam, esta situação "perverte esta profissão e coloca em risco as populações, já que aqueles assistentes não possuem os requisitos e não efectuam um estágio (recruta), como acontece aquando da admissão de bombeiros profissionais da administração local"
A ANBP e o SNBP lembram ainda a "falta do pagamento de horário extraordinário" e a "falta de efectivos".
"As Câmaras Municipais não podem solicitar aos bombeiros declarações para que sejam voluntários à força e também devem clarificar se é legal ou não o pagamento através de uma Associação sem que sejam passados recibos por parte dos bombeiros, para justificar o recebimento dessas verbas", sublinham.
Por este motivo, as duas entidades vão ainda solicitar audiências com carácter "de muita urgência" aos presidentes das Câmaras de Santarém, Cartaxo, Coruche, Tomar, Alpiarça, Abrantes e a todos os presidentes das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários.
*Lusa
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