quarta-feira, 11 de maio de 2011

Educação

  
Ministra da Educação afirmou em Abrantes serem “especulativas” as notícias para redução drástica de professores
A ministra da Educação afirmou hoje serem “especulativas” as notícias que apontam para uma redução drástica do número dos professores candidatos aos concursos daquele ministério.
Em declarações à agência Lusa, à margem da inauguração da Escola Secundária Solano de Abreu, em Abrantes, intervencionada no âmbito do Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, Isabel Alçada disse que o número de 55 mil candidatos aos concursos a prazo do ministério que tutela “não diferem muito do que tem sido hábito”.
A governante classificou de “especulativos” os números avançados por alguns dirigentes sindicais sobre a quantidade de profissionais a prazo que vão sair do sistema.
 “Este é um concurso de colocação anual que se realiza sempre por esta altura do ano para que as pessoas que querem entrar no sistema de ensino, mudar de escola, ou que estão contratadas e não são ainda professores de carreira, possam concorrer”, declarou.
 “Depois”, continuou, “em função das necessidades de horários das escolas é que o ministério da Educação faz a colocação”, tendo acrescentado ser “prematuro” fazer previsões nesta fase.
 “Só depois dos horários elaborados é que ficaremos a saber exactamente quais as necessidades de horários para este ano”, vincou.
Segundo a governante, os cerca de 55 mil candidatos aos concursos do ministério representam um número idêntico ao dos últimos anos, tendo afirmado que todos os outros números que sejam alvitrados “são números especulativos”.
O fecho de escolas e a criação de mais mega agrupamentos, a redefinição dos horários escolares e a reorganização curricular do ensino básico, actualmente suspensa, são factores que vão determinar o número de profissionais que integrar ou deixar o sistema.
A rede pública escolar emprega actualmente cerca de 35 mil professores a prazo.
A ministra, afirmou ainda, que o investimento feito na área da educação é “estrutural e com retorno para o país”, defendendo a continuidade de investimento em competências básicas, como a matemática e as ciências.
“São matérias estruturais para o desenvolvimento das pessoas e dos países e necessárias para que o desenvolvimento possa beneficiar da inovação”, declarou.
Segundo a governante, os resultados vertidos no estudo do Pisa revelam que “pela primeira vez Portugal atingiu a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em competência de leitura e é o quarto país que mais evoluiu na área da matemática”.
Isabel Alçada disse ainda que Portugal, segundo o referido estudo, foi o segundo país que mais evoluiu na área das ciências e é actualmente o sexto país que melhor compensa as assimetrias de ordem social em todos os países” da OCDE.
"Este é um investimento que tem claramente gerado retorno em termos de resultados para a educação, é uma linha de desenvolvimento que não vai ter recuo e as provas de aferição são instrumentos que vão permitir melhorar os seus resultados”, afirmou.
A ministra adiantou que, “internamente, o Ministério da Educação compara a evolução dos resultados através das provas de aferição que são feitas anualmente e dos exames a partir do ensino secundário”, acrescentado que, “através da comparação evolutiva”, os professores e as directorias escolares vão poder “analisar melhor a situação dos seus alunos e melhorar onde for necessário”.
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