quinta-feira, 26 de maio de 2011

Certames

“FICOR” arranca amanhã em Coruche
Coruche volta a acolher, a partir de sexta-feira e durante seis dias, a FICOR, Feira Internacional da Cortiça, um certame que visa dar maior visibilidade a um sector que representa 2,1 por cento do total das exportações nacionais. Dionísio Mendes, presidente da Câmara Municipal de Coruche, entidade que organiza a FICOR, disse à agência Lusa que a terceira edição do certame continua a apostar na inovação e na divulgação dos vários usos da cortiça, centrando-se este ano no tema do Ano Internacional da Floresta.
Em destaque estarão as boas práticas ambientais e a sustentabilidade ecológica garantida pela exploração do montado de sobro.
Ao prolongar o certame até 01 de Junho, Dia da Criança e Dia Nacional do Sobreiro, a autarquia procurou envolver os mais jovens em programas e actividades ligadas ao sobreiro e à cortiça, adiantou.
Um desfile de moda, agendado para sexta-feira à noite, é uma das iniciativas que tem por objectivo divulgar outros usos da cortiça para além do que tem representado a sua “mais valia” (a rolha), dando evidência ao uso da cortiça na moda, no design, nas artes, na construção civil.
A FICOR recebe este ano a visita de 12 eurodeputados da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu e de algumas dezenas de quadros da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, que, além da feira, visitarão o Observatório do Sobreiro e da Cortiça.
O programa inclui painéis de carácter científico dedicados a profissionais do sector, workshops de culinária associados aos sabores do montado (abertos a todos os visitantes), actividades de natureza (como balonismo e passeios no montado), o desfile de moda Coruche Fashion Cork e a reunião da comissão executiva da Rede Europeia de Territórios Corticeiros (Retecork), entre outras iniciativas.
Dionísio Mendes referiu a importância de um sector que emprega milhares de pessoas do concelho, nas mais diversas actividades ligadas ao sector primário, e centenas nas fábricas que se instalaram nos últimos 15 anos e que têm vindo a aumentar o número de postos de trabalho.
Só uma dessas fábricas produz cinco milhões de rolhas diariamente, disse, sublinhando que o facto de o concelho ser o maior produtor mundial de cortiça lhe dá o direito de usar o título de “capital mundial da cortiça”.
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