quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saúde

Presidente do município de Coruche exige colocação de médicos no concelho
O presidente da câmara municipal de Coruche exigiu hoje a colocação de médicos no concelho, sublinhando que a promessa da vinda de dois médicos em Maio foi feita pelo secretário de Estado da Saúde.
Frisando que a urgência de colocação de médicos no centro de saúde local foi reconhecida pelo secretário de Estado da Saúde numa reunião realizada em Abril, o autarca Dionísio Mendes (PS) afirma que Manuel Pizarro prometeu na altura a contratação de dois médicos durante o mês de Maio, “promessa até agora ainda por cumprir”.
Em comunicado, o autarca apela a Manuel Pizarro para que “não ceda às pressões ‘corporativas’ que desde o início deste processo de recrutamento de médicos estrangeiros se têm manifestado contra esta medida em detrimento das necessidades sentidas pelo país e pelas populações”.
Para Dionísio Mendes, não sendo possível a colocação de clínicos nacionais, “é legitimo, normal e desejável que se prossiga o programa de recrutamento de médicos no estrangeiro” que permita colmatar, no curto prazo, algumas lacunas, como as que são sentidas nos concelhos que integram o Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria.
Segundo disse o autarca, o município de Coruche tem “total disponibilidade para receber estes médicos, facultando inclusivamente alojamento”.
No seu entender, a colocação dos clínicos contratados no estrangeiro deve ser feita nos agrupamentos que revelam maior carência de recursos humanos e que estão territorialmente dispersos, com população mais envelhecida e com características de interioridade, como é o caso de Coruche.
 “As expectativas criadas nos coruchenses não podem ser defraudadas, sobretudo quando está em causa o direito à saúde com qualidade”, afirma o comunicado da autarquia.
Na reunião realizada em Abril, Dionísio Mendes manifestou junto de Manuel Pizarro as preocupações do município pelo encerramento da extensão de saúde do Biscainho e suspensão da extensão de São José da Lamarosa por inexistência de médico de família.
Por outro lado, questionou o facto de não estar ainda a funcionar, por falta de médicos, o Serviço de Urgência Básico, investimento feito no Centro de Saúde e que se encontra equipado desde Julho de 2010.
*Lusa
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