quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cultura


Lurian Lula da Silva disse ontem em Mação que as políticas governamentais brasileiras são um “exemplo mundial” no combate à fome e às desigualdades sociais
A secretária da Acção Social do município brasileiro de São José, Lurian Lula da Silva, filha do Presidente da República brasileiro, classificou hoje como “exemplo mundial" as políticas governamentais de combate à fome e às desigualdades sociais no Brasil.
Integrada na comitiva brasileira que encerrou hoje os trabalhos do seminário internacional de arqueologia e investigação ceramista, que decorreu durante três dias no Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, Lurian Lula da Silva, afirmou à agência Lusa que “é através do valorização do ser humano e do aumento da sua auto-estima que se consegue um combate efectivo às desigualdades sociais”.
“O Brasil desenvolveu-se muito nos últimos anos, a vários níveis, mas também na questão social, matéria que tem registado um crescimento assinalável”, afirmou.
Segundo Lurian Lula da Silva, “o Brasil vive este momento e é hoje reconhecido em todo o mundo como um exemplo de combate à fome, à miséria e às desigualdades sociais, graças à aposta do Governo Federal e ao investimento efectuado no capital humano e nas suas capacidades”.
A comitiva brasileira, composta por Lurian da Silva, Adriano Brito, secretário da Cultura e Moacir Silva, secretário da Receita e em representação do Prefeito de São José, está em Portugal no âmbito do Projecto “Porto Seguro”, coordenado pelo Museu de Mação e pelo Instituto Politécnico de Tomar, que promove a construção de uma plataforma permanente de relações ao nível do património cultural, entre a União Europeia e o Brasil.
Neste âmbito, foram assinados vários protocolos de cooperação entre os dois países, através do Município de Mação e do instituto Politécnico de Tomar, tendo sido criado recentemente no Município brasileiro de São José um Instituto Terra e Memória, associado ao de Mação.
“Quisemos ver como se trabalha a cerâmica no Museu de Mação, ao nível arqueológico e do ensino superior, com respectivas licenciaturas e mestrados, para replicar o projecto em S. José, município colonizado pelos açorianos em 1750 e com fortes marcas e registos arqueológicos”, disse à Lusa o secretário da Cultura Adriano Brito.
“Implementámos uma escola de oleiros em São José, um projecto-piloto e pioneiro ao nível do Brasil, que envolve crianças em situações de risco, na miséria e na pobreza e que visa aumentar a sua auto-estima através da produção cultural e no resgate das memórias ao nível da cerâmica arqueológica”.
“Esta é a primeira escola do Brasil a ensinar a produção da cerâmica, que queremos aperfeiçoar com cursos complementares superiores, e que visa o resgate cultural e a valorização pessoal da população através do conhecimento do seu passado e da força do seu trabalho, buscando a sua plena integração”, afirmou o responsável.
Segundo acrescentou, “este é um projecto global e humanista a médio, longo prazo, que se quer em rede mundial, mas cujos resultados já estão aí, fruto de um trabalho de seriedade do Governo Federal e com os consequentes elogios dos quatro cantos do mundo”.
*Texto:Lusa
*Imagem:A.Anacleto
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