quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Saúde

Autarquia de Vila Nova da Barquinha exige reposição imediata de médico no concelho
A transferência de um médico levou hoje a Câmara de Vila Nova da Barquinha a exigir a reposição imediata de um profissional de saúde no concelho, considerando que a situação prejudica a qualidade da prestação dos serviços à população.
A vereadora Rosa Garrett disse à agência Lusa ser “inaceitável e incompreensível” que, perante um centro de saúde que “já tinha um número de médicos inferior ao que deveria ter”, a tutela, através da transferência de um dos médicos, transforme o centro de saúde em mais uma unidade com recursos reduzidos face às necessidades.
Rosa Garrett adiantou que o executivo camarário vai reunir ainda hoje para “exigir a quem de direito a explicação e a correcção de um erro ostensivo”.
A autarquia quer evitar esperas excessivamente prolongadas para se conseguir uma consulta médica, situação que, “até esta transferência, não sucedia”, vincou.
“A falta de médicos é uma realidade nacional e compreende-se a dificuldade que o Ministério [da Saúde] tem na substituição de médicos quando os mesmos se reformam, mas aqui não é esse o caso”, observou a autarca.
Neste caso, “deslocou-se um médico para a Golegã, a favor de uns, mas em prejuízo de cerca de 2.000 pessoas de Vila Nova da Barquinha”, afirmou.
Servindo uma população residente de cerca de 8.000 habitantes e estando integrado no agrupamento de centros de saúde do Médio Tejo II – Zêzere, Rosa Garrett disse que, até à semana passada, aquando da retirada de um dos quatro médicos, o Centro de Saúde de Vila Nova da Barquinha prestava um serviço de saúde “de excelência”, em estreita articulação com as extensões de saúde de Atalaia, Praia do Ribatejo e Limeiras, e que o mesmo [serviço] “passou a ser medíocre”.
Uma moção contra a diminuição do corpo médico do Centro de Saúde de Vila Nova da Barquinha já havia sido apresentada pela bancada do PS na sessão da Assembleia Municipal de 19 de Fevereiro, sendo aprovada por unanimidade.
Contactado pela Lusa, Fernando Siborro, director executivo do ACES do Zêzere, disse “solidarizar-se” com as preocupações dos autarcas de Vila Nova da Barquinha, acrescentando “estar a trabalhar” no sentido de providenciar um médico para aquele município, sem no entanto se comprometer com prazos de resposta.
*Lusa
---------------------------------------------------------------------------------