Santarém acolhe espólio da biblioteca pessoal de Veríssimo Serrão
O Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS) vai acolher, em Santarém, os cerca de 30.000 volumes da biblioteca pessoal do historiador e ex-presidente da Academia Portuguesa da História, abrindo “campos inéditos” à investigação na área das ciências sociais.
Martinho Vicente Rodrigues, designado por Veríssimo Serrão para director do CIJVS, disse hoje à agência Lusa que este centro, a instalar até ao verão na Casa de Portugal e de Camões (antigo Presídio Militar), em Santarém, vai ter “uma riqueza extraordinária”, abrindo “campos inéditos” à investigação.
O protocolo que estabelece as condições da criação do centro, que deverá ser assinado em breve entre a autarquia e o historiador, foi aprovado esta semana em reunião do executivo camarário.
O protocolo vem formalizar um acordo celebrado em 2009, altura em que Joaquim Veríssimo Serrão, actualmente com 85 anos, decidiu doar à autarquia a sua biblioteca pessoal – com excepção dos 5.000 volumes que destinou à Academia Portuguesa da História –, 90 caixas com documentos manuscritos (entre os quais a correspondência que trocou com o seu amigo Marcello Caetano), e objectos que possui na biblioteca de sua casa, em Santarém.
O acervo inclui ainda os ficheiros que Veríssimo Serrão, que presidiu durante 31 anos à Academia Portuguesa da História, usou para as suas investigações, os diplomas do historiador, quadros, condecorações, moedas e ficheiros.
O centro tem por fim “formar e cuidar de um fundo documental e bibliográfico, físico e virtual, sobre Teoria Geral do Estado, Ciência Política, História das Ideias Políticas, História Política, História Diplomática, História Ibero-Americana, História Hispano-Portuguesa, História Económica, História da Arte e Cultura e matérias conexas com a História Regional”.
Martinho Vicente disse à Lusa que o CIJVS, que terá um conselho científico, um conselho consultivo e uma assembleia de investigadores, irá promover e divulgar estudos e promover diversas actividades, estando aberto a todos os investigadores e curiosos que queiram investigar nesta área.
Por outro lado, tirando partido das ligações de Veríssimo Serrão, fará “incursões a nível nacional e internacional”, neste caso prioritariamente com Espanha, Brasil e Venezuela, países com os quais o historiador tem laços afectivos, disse.
O vereador da Câmara Municipal de Santarém com o pelouro da Cultura, Vítor Gaspar, disse à Lusa que o centro gozará de autonomia científica, cabendo a parte administrativa e financeira à autarquia, que fica na posse do acervo.
Joaquim Veríssimo Serrão declarou ser sua intenção, com esta doação, “agradecer à terra da sua naturalidade todo o carinho e apoio que dela recebeu ao longo da vida”, desejando que sirva para “fortalecer os laços espirituais que se criaram entre o doador e a terra que lhe serviu de berço”.
Professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, agora aposentado, Veríssimo Serrão foi reitor da Universidade de Lisboa de 1973 a 1974, ano em que foi exonerado a seu pedido, e presidiu à Academia Portuguesa da História entre 1975 e 2006, tendo recebido os prémios Alexandre Herculano (1954), D. João II (1965) e Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais (1995).
O Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS) vai acolher, em Santarém, os cerca de 30.000 volumes da biblioteca pessoal do historiador e ex-presidente da Academia Portuguesa da História, abrindo “campos inéditos” à investigação na área das ciências sociais.
Martinho Vicente Rodrigues, designado por Veríssimo Serrão para director do CIJVS, disse hoje à agência Lusa que este centro, a instalar até ao verão na Casa de Portugal e de Camões (antigo Presídio Militar), em Santarém, vai ter “uma riqueza extraordinária”, abrindo “campos inéditos” à investigação.
O protocolo que estabelece as condições da criação do centro, que deverá ser assinado em breve entre a autarquia e o historiador, foi aprovado esta semana em reunião do executivo camarário.
O protocolo vem formalizar um acordo celebrado em 2009, altura em que Joaquim Veríssimo Serrão, actualmente com 85 anos, decidiu doar à autarquia a sua biblioteca pessoal – com excepção dos 5.000 volumes que destinou à Academia Portuguesa da História –, 90 caixas com documentos manuscritos (entre os quais a correspondência que trocou com o seu amigo Marcello Caetano), e objectos que possui na biblioteca de sua casa, em Santarém.
O acervo inclui ainda os ficheiros que Veríssimo Serrão, que presidiu durante 31 anos à Academia Portuguesa da História, usou para as suas investigações, os diplomas do historiador, quadros, condecorações, moedas e ficheiros.
O centro tem por fim “formar e cuidar de um fundo documental e bibliográfico, físico e virtual, sobre Teoria Geral do Estado, Ciência Política, História das Ideias Políticas, História Política, História Diplomática, História Ibero-Americana, História Hispano-Portuguesa, História Económica, História da Arte e Cultura e matérias conexas com a História Regional”.
Martinho Vicente disse à Lusa que o CIJVS, que terá um conselho científico, um conselho consultivo e uma assembleia de investigadores, irá promover e divulgar estudos e promover diversas actividades, estando aberto a todos os investigadores e curiosos que queiram investigar nesta área.
Por outro lado, tirando partido das ligações de Veríssimo Serrão, fará “incursões a nível nacional e internacional”, neste caso prioritariamente com Espanha, Brasil e Venezuela, países com os quais o historiador tem laços afectivos, disse.
O vereador da Câmara Municipal de Santarém com o pelouro da Cultura, Vítor Gaspar, disse à Lusa que o centro gozará de autonomia científica, cabendo a parte administrativa e financeira à autarquia, que fica na posse do acervo.
Joaquim Veríssimo Serrão declarou ser sua intenção, com esta doação, “agradecer à terra da sua naturalidade todo o carinho e apoio que dela recebeu ao longo da vida”, desejando que sirva para “fortalecer os laços espirituais que se criaram entre o doador e a terra que lhe serviu de berço”.
Professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, agora aposentado, Veríssimo Serrão foi reitor da Universidade de Lisboa de 1973 a 1974, ano em que foi exonerado a seu pedido, e presidiu à Academia Portuguesa da História entre 1975 e 2006, tendo recebido os prémios Alexandre Herculano (1954), D. João II (1965) e Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais (1995).
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