segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gastronomia


Imagem:A.Anacleto
Ministro da Agricultura participou em Santarém na apresentação da iniciativa “7 Maravilhas da Gastronomia”
A gastronomia portuguesa foi o tema escolhido para a edição deste ano da iniciativa “7 Maravilhas”, apresentada hoje em Santarém.
Luís Segadães, da “7 Maravilhas”, definiu a gastronomia como um dos marcos da identidade nacional – “comer é um desporto mais popular que o futebol em Portugal”, revelou -, pelo que, depois “dos caminhos da história e do património natural”, foi o tema escolhido para uma iniciativa que tem vindo a conquistar o interesse dos portugueses, disse.
Com o arranque da iniciativa hoje em Santarém, cidade que vai funcionar como sede do evento, começa o levantamento a nível nacional de todas as receitas que podem ser representativas da gastronomia nacional para, em Março, um painel de 70 especialistas Desses, 21 figuras serão convidadas a escolherem as “21 maravilhas” da gastronomia nacional que, a partir de Março, serão colocadas à votação dos portugueses, em Portugal e no estrangeiro, para, em Setembro serem conhecidos os eleitos em sete categorias: entradas, sopas, marisco, peixe, carne, caça e doces.
As “7 maravilhas da gastronomia” têm como símbolo uma couve portuguesa em jeito de prato e o ministro da Agricultura, António Serrano, presente na cerimónia de lançamento da iniciativa, aproveitou o pretexto para “fazer campanha” pelo seu prato favorito, o cozido à portuguesa.
António Serrano realçou o facto de a gastronomia permitir “alavancar” o sector primário, sublinhando que a procura dinamiza a oferta e que a promoção da gastronomia promove igualmente a produção nacional, já que “não comemos nada que não venha do sector”.
Luís Segadães definiu precisamente a gastronomia nacional como o “receituário tradicional português assente em matérias-primas utilizadas a nível, nacional, regional ou local, bem como em produtos agro-alimentares produzidos em Portugal e que revelem interesse histórico, etnográfico, social ou técnico”.
Sublinhando que uma iniciativa deste tipo só se poderia realizar em “três ou quatro países”, e todos mediterrânicos, o responsável da “7 Maravilhas” realçou a “diversidade de paladares” da gastronomia nacional e a responsabilidade da iniciativa na defesa da sua autenticidade e na sua divulgação e valorização a nível nacional e internacional.
O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, referiu a importância do evento no âmbito do esforço já iniciado pelo Ministério da Economia de promover a gastronomia nacional no estrangeiro, frisando que não há nenhuma razão para Portugal ficar atrás de Espanha, país em que a gastronomia é referida como primeiro motivo para a deslocação de turistas.
As “7 Maravilhas da Gastronomia” continuam a realizar-se em parceria com a RTP, que iniciou hoje em Santarém um conjunto de programas sobre o tema, afirmando o diretor de programas, José Fragoso, que o tema será associado a outras áreas como a saúde, o património e o turismo.
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