terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sociedade

Autarca de Vila Nova da Barquinha considera que o sistema dos pórticos de cobrança de portagens no IC3 é diferente do resto do país
O presidente da câmara de Vila Nova da Barquinha considera que o sistema de pórticos colocados no IC3/A13 para cobrança de portagens “não faz sentido nenhum”, já que cria um regime de isenção diferente do resto do país.
Miguel Pombeiro disse à agência Lusa que, além de todo o processo ter sido conduzido sem que fosse prestada qualquer informação às autarquias e de ter sido criado “um cerco” na freguesia da Atalaia, dada a forma como foram colocados os pórticos, foi instituído um sistema de isenção para residentes diferente do que existe para as ex-SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador).
“Ao que tudo indica, na A23 haverá um sistema semelhante ao que existe já nas SCUT a Norte, isto é, 10 viagens, independentemente da extensão, gratuitas e as restantes com 15 por cento de desconto. Na A13, segundo a pouca informação de que dispomos, supostamente o tráfego local está isento, mas o que verificamos é que há isenção em apenas um dos pórticos”, afirmou.
Segundo disse, se qualquer habitante do concelho de Vila Nova da Barquinha passar por dois pórticos perde a isenção, o que, afirmou, “não faz sentido nenhum”.
Vila Nova da Barquinha fica na confluência da A23 com o IC3, agora designado A13, ficando a freguesia de Atalaia (situada junto ao nó de acesso das duas vias) como “num cerco”, já que foi colocado um pórtico antes da saída e outro imediatamente a seguir, a cerca de 100 a 200 metros, adiantou.
“Isto penaliza em muito a população e também as opções em termos de desenvolvimento, uma vez que temos uma área de localização empresarial mesmo junto a esse nó da A23 com o IC3/A13”, disse.
Miguel Pombeiro lamentou que a secretaria de Estado das Obras Públicas não tenha respondido aos vários pedidos de esclarecimento colocados pelos órgãos autárquicos, sublinhando as diligências tanto da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, como da câmara municipal de Vila Nova da Barquinha e da freguesia da Atalaia.
“O que conhecemos é o que vem na comunicação social”, lamentou.
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