terça-feira, 1 de novembro de 2011

Autarquias

Vereadores do PSD defendem demissão da Presidente da Câmara de Abrantes
Os vereadores do PSD no município de Abrantes defenderam hoje a demissão da presidente da câmara (PS) "como corolário lógico" pela decisão anunciada de reequacionar o projecto de construção do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA).
O museu representa um investimento de 13 milhões de euros, com projecto desenhado pelo arquitecto Carrilho da Graça, e a sua realização implica a construção de uma torre de 27 metros para acolher as cerca de cinco mil peças que integram as diversas colecções.
Após a reunião de executivo hoje realizada, os vereadores do PSD, Santana Maia e Belém Coelho, afirmaram que a "nova posição" da maioria socialista e as "notícias mais recentes sobre a reconcetualização" do MIAA, a ser construído agora de forma faseada e não integral, "significam a derrocada da torre do Museu e da credibilidade do actual executivo", liderado por Maria do Céu Albuquerque.
"Tendo o PS montado toda a sua máquina de propaganda em torno da construção de um projecto megalómano e de viabilidade muita duvidosa, não pode deixar de causar grande perplexidade e apreensão o recente reconhecimento público de que, atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável avançar para este investimento nos moldes em que estava previsto, ficando a construção da torre para uma segunda fase quando e se as condições o proporcionarem", referiram.
Os vereadores sociais-democratas asseguraram ainda à Lusa serem "favoráveis" à construção de um museu ou adaptação de um espaço para "albergar colecções de reconhecido valor", desde que o projecto "não ponha em risco a coesão territorial e o tecido económico" do município.
"É por esta razão que defendemos desde o início que, pretendendo a câmara avançar com um projecto megalómano que vai mobilizar e consumir recursos essenciais do município, não o deveria iniciar sem fazer um estudo sério sobre a sua viabilidade e sustentabilidade económica", vincaram.
Além disso, vincaram, “a câmara avançou para a construção do museu completamente às escuras e sem um estudo sério sobre a sua viabilidade e sustentabilidade económica, ultrapassando todos os patamares da irresponsabilidade política".
Segundo os dois vereadores, "a demissão seria o corolário lógico do reconhecimento público da impossibilidade de cumprimento de todos os grandes objectivos assumidos publicamente".
Em declarações recentes à Lusa, a presidente da autarquia referiu que, "atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável avançar para este investimento nos moldes em que estava previsto". A responsável vincou a intenção de "honrar um conjunto de compromissos assumidos", mas referiu que, “atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável” avançar para este investimento nos moldes em que estava previsto.
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