quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Saúde

Autarca de Alcanena lamenta ausência de resposta do governo para minimizar problemas no campo da saúde
A presidente da Câmara de Alcanena lamenta a ausência de resposta do Governo à pretensão dos municípios do Médio Tejo de adquirir unidades móveis de saúde para ajudar a minimizar o problema de falta de pessoal médico na região.
Fernanda Asseiceira, que preside também ao Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Serra d’Aire, disse à agência Lusa que os municípios do Médio Tejo continuam a aguardar autorização do Ministério da Saúde para abertura de candidaturas a fundos comunitários para aquisição daquelas viaturas.
Segundo a responsável, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e os conselhos da comunidade dos ACES Serra d’Aire e Zêzere pediram em Setembro uma reunião ao Ministério da Saúde, mas ainda não obtiveram qualquer resposta.
Para Fernanda Asseiceira, a necessidade das unidades móveis tornou-se mais premente com o encerramento de extensões de saúde, como foi o caso, no seu concelho, de Louriceira e Malhou.
No seu entender, a reorganização das extensões de saúde tem sido feita de “forma desastrosa”, encerrando estruturas “sem qualquer diálogo com as autarquias e sem qualquer informação às populações”.
No caso de Louriceira e Malhou, os postos encerraram para férias em Agosto e não voltaram a abrir, tendo sido apenas afixado um papel indicando que os utentes se deveriam dirigir ao centro de saúde na sede de concelho, afirmou.
Em resposta a um requerimento do deputado comunista António Filipe, o Ministério da Saúde justifica a “não reabertura” destas extensões de saúde devido a “insuficiência de recursos humanos” e à “migração das comunicações para a nova RIS, tendo deixado de ser possível continuar a contar com a operacionalidade técnica da linha RDIS”.
A resposta apenas adianta que não é possível reabrir de imediato estas extensões de saúde, dada a necessidade de assegurar essas situações, e assegura que os utentes têm acesso a consultas na sede do concelho e que está garantido o cumprimento dos programas de vigilância e de apoio domiciliário.
Fernanda Asseiceira lamentou que nenhuma das propostas da autarquia – contribuir com recursos humanos da autarquia, disponibilizar espaços, assegurar transporte para administrativos, enfermeiros e médicos – tenha tido acolhimento.
“Conseguem ter as extensões encerradas sem terem criado um processo transitório mais tranquilo e sem garantir que quando as pessoas se dirigem ao Centro de Saúde de Alcanena têm o melhor acolhimento, o que não tem acontecido”, assegurou.
------------------------------------------------------------------------------------------------------