quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Saúde

Nomeado novo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Médio Tejo
O engenheiro electrotécnico Joaquim Nabais Esperancinha foi nomeado hoje pelo Ministério da Saúde para presidir ao novo conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que congrega os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes.
Contactado pela agência Lusa, Joaquim Esperancinha limitou-se a confirmar que aceitou o convite que lhe foi feito, considerando prematuro fazer qualquer declaração antes da publicação da sua nomeação em Diário da República e antes de falar com a administração cessante e os profissionais das três unidades de saúde que vai liderar.
Joaquim Esperancinha, 64 anos, já presidiu ao CHMT entre Dezembro de 2002 e Abril de 2005, altura em que “a realidade era completamente diferente, no que toca à própria envolvente do país”, frisou.
De acordo com o relatório de uma auditoria financeira realizada pela Inspecção Geral de Finanças ao período de 2007 a 2010, extremamente crítico em relação à administração cessante, a situação económica e financeira do CHMT tem vindo a degradar-se, tendo os resultados líquidos apresentado em 2009 um valor negativo de 24,1 milhões de euros.
Esse relatório, datado de Julho último, considerava que o “péssimo funcionamento” da administração, cujo mandato havia cessado em Dezembro de 2010, encontrando-se desde então em gestão, tornava “por demais urgente a nomeação de uma nova equipa”, que, referia, deve ter como prioridade “a elaboração de um plano de reorganização e racionalização dos serviços”.
Além da nomeação urgente de um novo conselho de administração, o documento recomendava ainda a implementação de uma estratégia global “nomeadamente para a centralização de serviços que ainda funcionam em mais do que uma unidade, promovendo a complementaridade”.
Além de Joaquim Esperancinha, o novo órgão de gestão integra os vogais Paulo Marques Vasco (director clínico), Nelson Paulino da Silva (enfermeiro director), António José Horta Lérias e João Pedro Gil Lourenço.
Uma das críticas apontadas pelo relatório da IGF à anterior administração liderada por António Andrade referia precisamente o número excessivo de dirigentes (seis membros do conselho de administração e ainda três assessores e três estruturas de gestão em cada um dos hospitais).
O documento apontava a “excessiva capacidade instalada” no CHMT face a uma população de cerca de 270.000 habitantes e criticava o facto de em mais de três anos de funções a anterior administração nunca ter aprovado nem implementado “medidas essenciais”, revelando “uma incapacidade em funcionar em equipa”, o que contribuiu “para a sua inaptidão em gerir eficiente e eficazmente” o centro hospitalar.
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