Presidente da ARH do Tejo disse que a qualidade do ar no concelho de Alcanena vai ser monitorizado em permanência
O presidente da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo anunciou hoje que a qualidade do ar no concelho de Alcanena vai passar a ser monitorizada em permanência e em ligação com a saúde.
Manuel Lacerda falava no encerramento de uma sessão pública promovida pela ARH Tejo, câmara municipal e Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena (AUSTRA) para esclarecer a população sobre o processo de “requalificação e valorização da bacia do Alviela” e que contou com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Perante uma assistência céptica em relação à resolução de um problema que vive há décadas e preocupada com os efeitos da poluição, que sentem sobretudo através do cheiro, em certas alturas “insuportável”, os promotores do encontro procuraram garantir que o esforço em curso (da ordem dos 20 milhões de euros) desta vez é para valer.
O presidente da ARH Tejo deu o exemplo de duas estações de tratamento, uma em Barcelona e outra em Cascais, que funcionam sem qualquer cheiro, graças às tecnologias adoptadas, e disse acreditar que o sistema de Alcanena, depois da intervenção, será “mais um caso”.
Respondendo à preocupação, levantada por várias das pessoas presentes, sobre eventuais efeitos da poluição resultante do deficiente funcionamento da ETAR de Alcanena sobre a saúde, Manuel Lacerda assegurou que o processo de monitorização da qualidade do ar “está pronto para avançar”, dependendo agora apenas da aprovação do Ministério das Finanças.
A monitorização, que, disse, não será pontual mas continuada, vai ser feita por técnicos da Universidade de Aveiro em ligação com o Instituto Ricardo Jorge, para se aferir do impacto da qualidade do ar na saúde pública.
Essa monitorização havia sido prometida no final de 2010, altura em que os maus cheiros atingiram níveis que originaram fortes protestos da população, mas nem a Universidade de Aveiro nem as empresas da especialidade estavam na altura disponíveis, justificou.
Manuel Lacerda disse compreender a “angústia” e as dúvidas dos habitantes do concelho, que convivem há anos com a poluição provocada pela indústria dos curtumes, mas declarou-se convencido de que “este flagelo será sanado” e que o dinheiro que vai ser investido “não será deitado ao lixo”.
Advertiu que o problema não se resolve de um dia para o outro.
O processo, que conta com financiamento comunitário, prevê a remodelação da rede de colectores, a melhoria da eficiência do sistema de tratamento da ETAR, a defesa desta contra cheias, uma unidade de tratamento das designadas “raspas verdes” e a reabilitação da célula de lamas não estabilizadas.
Esta fase do processo foi a que mais receios suscitou, com vários dos presentes a quererem conhecer pormenores de como se vai fazer a desidratação, a remoção e o transporte das lamas para o aterro de resíduos industriais perigosos da Chamusca, com o consórcio que vai conduzir este processo a garantir que tudo será acautelado.
A presidente da câmara municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), afirmou que o investimento que vai agora ser feito no sistema “é uma luz de esperança” e que não seria compreensível que o problema não ficasse ultrapassado de vez.
*Lusa
O presidente da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo anunciou hoje que a qualidade do ar no concelho de Alcanena vai passar a ser monitorizada em permanência e em ligação com a saúde.
Manuel Lacerda falava no encerramento de uma sessão pública promovida pela ARH Tejo, câmara municipal e Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena (AUSTRA) para esclarecer a população sobre o processo de “requalificação e valorização da bacia do Alviela” e que contou com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Perante uma assistência céptica em relação à resolução de um problema que vive há décadas e preocupada com os efeitos da poluição, que sentem sobretudo através do cheiro, em certas alturas “insuportável”, os promotores do encontro procuraram garantir que o esforço em curso (da ordem dos 20 milhões de euros) desta vez é para valer.
O presidente da ARH Tejo deu o exemplo de duas estações de tratamento, uma em Barcelona e outra em Cascais, que funcionam sem qualquer cheiro, graças às tecnologias adoptadas, e disse acreditar que o sistema de Alcanena, depois da intervenção, será “mais um caso”.
Respondendo à preocupação, levantada por várias das pessoas presentes, sobre eventuais efeitos da poluição resultante do deficiente funcionamento da ETAR de Alcanena sobre a saúde, Manuel Lacerda assegurou que o processo de monitorização da qualidade do ar “está pronto para avançar”, dependendo agora apenas da aprovação do Ministério das Finanças.
A monitorização, que, disse, não será pontual mas continuada, vai ser feita por técnicos da Universidade de Aveiro em ligação com o Instituto Ricardo Jorge, para se aferir do impacto da qualidade do ar na saúde pública.
Essa monitorização havia sido prometida no final de 2010, altura em que os maus cheiros atingiram níveis que originaram fortes protestos da população, mas nem a Universidade de Aveiro nem as empresas da especialidade estavam na altura disponíveis, justificou.
Manuel Lacerda disse compreender a “angústia” e as dúvidas dos habitantes do concelho, que convivem há anos com a poluição provocada pela indústria dos curtumes, mas declarou-se convencido de que “este flagelo será sanado” e que o dinheiro que vai ser investido “não será deitado ao lixo”.
Advertiu que o problema não se resolve de um dia para o outro.
O processo, que conta com financiamento comunitário, prevê a remodelação da rede de colectores, a melhoria da eficiência do sistema de tratamento da ETAR, a defesa desta contra cheias, uma unidade de tratamento das designadas “raspas verdes” e a reabilitação da célula de lamas não estabilizadas.
Esta fase do processo foi a que mais receios suscitou, com vários dos presentes a quererem conhecer pormenores de como se vai fazer a desidratação, a remoção e o transporte das lamas para o aterro de resíduos industriais perigosos da Chamusca, com o consórcio que vai conduzir este processo a garantir que tudo será acautelado.
A presidente da câmara municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), afirmou que o investimento que vai agora ser feito no sistema “é uma luz de esperança” e que não seria compreensível que o problema não ficasse ultrapassado de vez.
*Lusa
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