segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sociedade

Ourém: Populares protestam contra obra do IC9
Cerca de 40 populares protestaram esta manhã em Louçãs, Ourém, contra a decisão da Estradas de Portugal (EP) em deslocalizar uma passagem agrícola prevista na construção do IC9.
“As populações locais sentem-se lesadas e revoltadas, pois as alternativas apresentadas são perigosas”, explicou à Lusa um dos membros da Comissão de Residentes Louçãs/Pinheiro, Paulo Santos Fonseca.
A comissão sublinha que o projecto de execução do lanço Fátima/Ourém do IC9 previa uma passagem agrícola que ligaria Louçãs e Pinheiros, de forma a permitir a circulação pedonal, de automóveis e de veículos agrícolas.
A passagem foi entretanto afastada em cerca de dois quilómetros para o lugar de Casal dos Matos, critica a Comissão de Residentes, alegando que tal irá destruir as relações de vizinhança e afectar a economia destas duas comunidades rurais.
“Nesta zona o trânsito já é intenso e prevemos que piore ao nível da segurança assim que seja construído o nó de acesso ao IC9”, lamentou Paulo Fonseca, revelando que, apesar de várias tentativas, ainda não conseguiram reunir com o consórcio construtor ou com o dono da obra, a Estradas de Portugal.
No início de Agosto foi promovido um abaixo-assinado que reuniu mais de duas centenas de assinaturas contra uma situação que irá pôr fim a três caminhos vizinhos que faziam a “ligação directa, curta e rápida” entre Louçãs e Pinheiros.
A agência Lusa aguarda um comentário da Estradas de Portugal sobre esta manifestação.
A passagem do IC9 pelo concelho de Ourém há muito que tem sido alvo de polémica e provocado diversos protestos por parte da população, Câmara Municipal e de juntas de Freguesia.
A 20 de Julho, o vereador da Câmara de Ourém José Alho anunciou que o município iria interpor uma providência cautelar que visava suspender as obras de construção do troço do IC9, via que vai ligar Nazaré a Ponte de Sôr.
Algo que ainda não se concretizou quase dois meses após o anúncio, num momento em que a autarquia e o consórcio construtor voltaram a sentar-se à mesa de negociações.
Na origem do conflito está a quantidade e localização das passagens das vias municipais, o que motivou já uma queixa no Ministério Público por parte da Junta de Freguesia de Gondemaria.
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