sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Empresas

Santarém: “Águas de Santarém” investe no saneamento básico do concelho
A Águas de Santarém tem em curso uma empreitada de 9 milhões de euros, estando em concurso público um investimento de mais 24 milhões de euros, para conseguir uma cobertura de saneamento superior a 90%, anunciou hoje a empresa.
Francisco Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém e da Águas de Santarém, disse, em conferência de imprensa, que o concurso público para a última fase de saneamento do concelho é o maior aberto no país, dando ideia da dimensão do esforço que tem vindo a ser feito pela empresa.
Segundo disse o autarca, as empreitadas têm uma comparticipação comunitária, no âmbito do Programa Operacional do Vale do Tejo, da ordem dos 70 por cento, cabendo à empresa suportar os 30 por cento da comparticipação nacional.
A empreitada actualmente em curso inclui a construção de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) no Vale de Santarém e a execução das redes de saneamento nesta freguesia e na vizinha Póvoa da Isenta, que verá ainda renovados dois troços da rede de abastecimento de água.
Estão ainda a ser construídas redes de drenagem de águas residuais domésticas e emissários em três lugares da freguesia de Alcanede e a ser executada a rede de saneamento e emissário em Arneiro das Milhariças, Casais das Milhariças e Póvoa das Mós e substituição do sistema de abastecimento de água nestes lugares.
Segundo a empresa, os sistemas de saneamento do Vale de Santarém, Pernes e Alcanede (estes dois com ETAR concluída e em fase de conclusão) vão permitir um aumento de 5,08 por cento na cobertura do serviço de saneamento de águas residuais no concelho, equivalendo a mais 3200 habitantes servidos.
Moita Flores disse esperar que, quando for concluída a última fase de investimentos, Santarém terá uma cobertura de 93 por cento, superior aos valores de referência europeus (90 por cento) e um “grande desafio” para um concelho que, quando entrou para o executivo, tinha uma cobertura de 61 por cento.
Admitindo a dificuldade de algumas famílias em assumirem os custos da ligação ao sistema (que rondarão os 618 euros), o autarca afirmou que a empresa criou planos de pagamento.
Moita Flores disse ainda que a autarquia está a estudar soluções alternativas à entrada de um privado na empresa, já que a alienação de 49 por cento do capital da Águas de Santarém foi chumbada pelo Tribunal de Contas.
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